Eu não costumo ser muito ansiosa ou desesperada com as coisas, mas... Eu estou ao ponto de surtar.
Haruto não me diz onde está me levando — me arrastando, na verdade —, apenas segue pelos corredores e lances de escadas como se fosse o dono do mundo todo, não só do Japão, e minha cabeça está caótica demais para eu pensar logicamente.
Quando estou prestes a soltar um "já chegamos?" pela quinquagésima vez para ele revirar os olhos e soltar um bufo para poupar uma digna resposta a minha pessoa, Haruto abre a porta do vestiário que fica em conjunto com o banheiro masculino do terceiro andar e me joga pra dentro, antes de fechar e trancar a porta atrás de si.
Constato o vazio e o silêncio do lugar, e o único pensamento que passa na minha mente em neon é... Céus, estamos sozinhos e ele vai me matar de boa, porque não tem ninguém para o atrapalhar.
Pego a primeira coisa que acho e escondo atrás do corpo para atacar nele, no primeiro indício de ato suspeito vindo dele, porém, deixo o rolo de papel higiênico ir ao chão quando observo o Japonês começar a se despir na minha frente, sem nenhum pudor.
Ele tira o seu blazer e joga em um dos bancos próximos a nós antes de começar a desabotoar a sua camisa social enquanto caminha para perto de mim, lançando-me um olhar de advertência, seu combo de atos me faz desesperar.
— O que você está fazendo? Por que está tirando a roupa? Por que você não avisa antes de começar a fazer strip-tease? — murmuro, transbordando meu desespero em cada palavra, abraço o meu corpo para proteger de qualquer ideia vindo dele — Você nem ousa tocar no meu corpinho, ele está sendo guardado para o meu marido e eu te capo se fizer algo comigo.
— Você fala demais, Saito. — murmura de volta, revirando os olhos e pegando às duas peças de roupas, antes de me entregar — Tome, lave.
— Aqui e agora? — indago, analisando o local vazio e bem limpo, antes de recolher as roupas das suas mãos.
— Quer fazer outra coisa que não seja isso? — rebate, erguendo uma das sobrancelhas e colocando as mãos na cintura.
— Não. — respondo, um tanto aliviada e um pouco constrangida — Lavar, eu quero lavar.
— Ótimo. — solta um suspiro cansado, antes de gesticular para mim — Preciso das peças para a aula do segundo horário, então comece logo.
— Por que não manda pra lavandaria e usar a reserva? — indago, começando a recolher o refil de sabonete enquanto deixo as partes manchadas de molho na pia.
— Essa era a minha reserva. — resmunga em resposta, observando atentamente meus atos.
Com a sua aproximação para me observar, não consigo ignorar o quão a vontade ele estar quase nu na minha presença.
— Tá, só veste uma roupa, está ficando desconfortável ver você, desnudo. — peço, a contragosto, vendo um sorriso raro e humorado crescer em seu rosto.
— É só não olhar. — murmura o obvio, fazendo eu lançar um olhar cortante para ele que está claramente se divertindo com o meu desconforto. — Tenho ciência que esse corpo é demais para sua visão sem apreciação.
— Não é tão simples. — rebato, soltando um suspiro que faz as madeixas do meu cabelo no meu rosto flutuar para longe da minha feição, seu olhar se atenta genuinamente ao meu ato de forma interessada antes de retomar erguer o seu muro natural — E o seu corpo é nada de mais, abaixa a bola.
— Ah! Claro. — implica, revirando os olhos — O do seu querido futuro marido Yedam é uma obra de arte do Michelangelo.
— Se você não tivesse sido tão sarcástico poderia sentir uma pitada de ciúmes? — provoco, ouvindo ele dar uma gargalhada forçada antes de me encarar de forma desdenhosa.
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The Rude Boy •HARUTO FIC•
FanficHaruto Watanabe é membro de umas das famílias mais tradicionais e de grande influência do Japão, pela grande expectativa como futuro sucessor das indústrias portuárias e aéreas da família Watanabe, todos os holofotes se concentram em seus feitos des...