Capítulo 10 - Mocinha

355 27 6
                                    

Capítulo 10

 Hange 

 Depois de muita luta, Gabi e Levi vieram parar no meu apartamento. As crianças precisam fazer a redação. E nem eu e nem o Levi confiamos um no outro para deixar as crianças, então aqui estamos nós. 

 Estamos sentados à mesa, tomando chá preto. Gabi e Falco estão na sala, enquanto o Colt está jogado no sofá mexendo no celular.

 Olho para o baixinho. Levi é pequeno, mas é um homem gostoso. Minha vontade é de arrasta-lo para o meu quarto e fazer tudo que tenho vontade. Acho que a Nanaba está certa, eu preciso de sexo. Quero tanto o pau do Levi dentro de mim, que chego a gemer ao pensar.

— Aaah! — quando escutamos o grito da Gabi, saímos correndo para procurar ela. Somente Falco e Colt estão no sofá, olhando para o corredor.

— O que você fez, moleque? — perguntou Levi. Olhei confusa para os meus dois meninos.

— Ela foi para o banheiro e gritou do nada. — Disse meu filho mais novo. — Mas antes disso ela fez uma cara de nervosismo e saiu correndo, aí gritou.

 Abaixo o olhar para onde ela estava sentada. Há uma mancha vermelha no meu tapete claro. Dou uma risadinha. Eu já sei o que está acontecendo.

 Vou até a porta do banheiro junto de Levi.

— Filha, tá tudo bem? — perguntou Levi, batendo à porta.— O Falco fez alguma coisa?

— N-não! É q-que… 

— Ela virou mocinha, Levi. — sussurro para ele, que aparenta não entender nada. — Tinha um pouco de sangue no meu tapete. 

— Sangue?! O que…

— Menstruação, Levi. Ela tá menstruada. — Ele fica um tempo pensando, até que aparenta ter entendido.

— Tá, eu entendi. Mas o que fazemos agora? — empurro ele para o lado.

— Gabi, pode abrir a porta? Eu vou te ajudar. — falo em tom suave.

— Você não sabe me ajudar. Vai piorar tudo.

— Concordo.

— Cala a boca, tampinha. Gabi, eu sou mulher, posso te ajudar com isso. Fica tranquila. Agora abre a porta, por favor. 

 Ela abre e me puxa para dentro, trancando a porta de novo. Ela está de pé, com a face demonstrando nervosismo. 

— O que eu faço, Hange? 

— Veio muito? — assente. — Fica tranquila. Toma um banho quente e se lava bem, vou pegar roupa limpa e absorvente. 

 Saio do banheiro, dando de cara com o Levi.

— Ela está bem?

— Sim. Eu vou pegar roupa limpa para ela, o sangue a sujou. — Não espero sua resposta, vou para o meu quarto e pego um vestido que fica curto em mim, mas é bem soltinho. Acho uma calcinha nova e confortável para ela e pego um pacote de absorventes. Voltando para o banheiro, ela está enrolada na toalha. Mostro rapidamente para Gabi como colocar o absorvente e ela faz. Ela segura a calcinha e a calça manchadas com força, parece morrer de vergonha.

— É tão constrangedor. — diz baixinho.

— Querida, não é não. É só menstruação. Toda mulher menstrua. — acaricio sua cabeça. 

— Mas eu tenho vergonha…

— Por quê? Gabi, esse sangue mostra que você pode gerar um bebê. Eu sei que você nem pensa em ter filhos ainda, mas não é algo legal? Você virou uma moça agora. Uma mocinha linda. Agora seus peitos vão começar a crescer, vai ganhar corpo, vai ficar linda!  

— Mas… Mas… como eu vou encarar os meninos agora? O Falco e o Colt sabem que eu virei mocinha…

— Olha, o Colt nem vai ligar, ele já é bem maduro. Quanto ao Falco, se ele te provocar, acerto uma chinelada nele que tudo fica resolvido! — consigo arrancar um risinho dela. — Me dê essa roupa manchada, eu vou lavar pra você.— obedece. Saímos do banheiro. Levi toca o ombro dela.

— Ela não te maltratou, né? — O olho idgnada. 

— Ela foi legal, pai. — me dá um abraço, o que me deixa surpresa. — Obrigada, Hange. 

— De nada, pequena. — Ela faz uma cara de dor. — Ih, cólica? Quer se deitar? 

— Eu quero ir para casa… — segura a mão do pai. 

— Vamos, então. E, Hange, obrigado por cuidar da minha menina. 

— Não foi nada. Ah, espera um pouquinho! — corro até a sala e pego um pedaço de papel do caderno do Falco, onde anoto meu número e o nome de um remédio. — Gabi, se precisar me manda mensagem. Levi, compra esse remédio para ela e se acabar sentindo muita dor, coloca uma bolsa de água quente no local.

— Certo. Até. — fecho a porta quando eles entram no elevador. Sigo para a sala e olho para a mancha no tapete. É melhor eu limpar isso rápido, ou não vai sair mais.

 Quem diria que eu ajudaria uma menina na sua primeira menstruação.

 …

 Levi 

 Gabi está deitada em sua cama, com uma bolsa de água quente na barriga. Estou sem acreditar que a minha menininha virou mocinha. 

 Mikasa aparece, me vendo parado na porta do quarto da Gabi.

— Ela tá doente? 

— Virou mocinha. — Mikasa dá uma risadinha. 

— Pai! — se senta cama. — Não é pra contar!

— Por quê? Isso não é legal? — nesse momento, Kenny aparece.

— O que aconteceu? 

— A Gabi menstruou pela primeira vez. — digo sem me importar. Kenny solta uma gargalhada.

— Virou uma mocinha, que legal! — minha filha está completamente vermelha. — Agora ela já pode namorar.

— Posso? — pergunta com um leve brilho nos olhos. 

— Não. — digo sério. — Só porque seu sangue desceu, não quer dizer que possa sair beijando meninos. 

— Você é tão chato, Levi. — diz Mikasa, caminhando quarto a dentro. — Vou ter uma conversa de mulher para mulher com ela, tchau. — bate a porta na nossa cara. Tento abrir a maldita porta, mas Mikasa trancou e eu não estou com vontade de sair arrombando. 

 No meu quarto, olho para a foto com a Petra. Conhecendo como eu a conhecia, ela iria ficar muito animada com isso.

 Por um momento, lembro da Hange cuidando da Gabi como se ela fosse sua filha, meu coração se aquece.

 A viagem com a Hange é amanhã. Vamos ter uma chance de descobrir o que fazer com nossos sentimentos. 

 Eu tenho vontade de transar com ela, o problema é se eu consigo. 

— Petra, você acha errado eu me envolver com outra mulher? — converso com o quadro. Não faço ideia do que ela diria. Eu não tive a chance de ouvir suas palavras finais, quando cheguei onde Petra estava, ela já havia morrido.

 Talvez essa viagem me faça bem. E eu… Eu quero transar com a Hange.

Primeiro RoundOnde histórias criam vida. Descubra agora