Capítulo 1 - Ódio mortal

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Oi!

Eu amo demais esse shipp, então decidi escrever uma fanfic. Não sei ainda quantos capítulos vão ser, mas vou me empenhar para completa-la em breve.

Boa leitura!

Ps: o lançamento do meu livro tá chegando!

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  Capítulo 1

 Henge Zoe 

— Seu amor, me pegou! Cê bateu bem forte com o teu amor! Nocauteou, me tonteou! Veio à tona, foi a lona, foi K.O! 

 Por que eu estou cantando essa música enquanto uso a vassoura de microfone? Então…

 Eu ganhei uma folga no meio da semana, então cá estou eu, dando uma geral no apartamento. Tenho que aproveitar que Colt e Falco estão fora de casa hoje, com eles aqui, nada fica em ordem.

 E sim, eu sou mãe.

 Meu filho de dezesseis — ele faz dezessete daqui uns meses —, Colt, está no terceiro colegial. É o que chamamos de garoto prodígio. É inteligente — puxou a mãe. Também é bonito e educado — opa, me puxou de novo. Sua personalidade é calma, sempre se mantém neutro. 

 Já meu pequeno Falco, que está com quatorze anos, está no nono ano. Suas notas não são tão boas, mas ele se esforça cada vez mais para ficar na média. Pelo o que sei, ele gosta de uma menina da sua sala e quer ficar no mesmo nível que ela. Chega ser engraçado ver meu menininho apaixonado. 

 Depois de terminar de varrer, vou lavar a louça. Eu odeio fazer serviços de casa, mas a diarista não pode vir essa semana, então sobrou para mim. Meus meninos me ajudam quando não estão estudando, são bons garotos. Ou têm dias que eles simplesmente não fazem absolutamente nada além de jogar vídeo game e comer miojo.

 O celular está conectado na caixa de som e logo pula para a próxima música. 

— Você partiu meu coração, mas meu amor não tem problema, não, não, não. — essas músicas brasileiras são tão animadas, eu gosto. 

 Meu celular começa a tocar. O pego, na tela está o número da escola dos meus filhos.

— Alô? — quando atendo, a voz no diretor está um pouco alterada. E quando as palavras envolvem "Falco" e "briga" eu corro trocar de roupa e para pegar o meu carro e ir para a escola.

 No caminho, não paro de pensar no meu menino. Segundo o diretor, Falco brigou com uma menina e agora está de olho roxo. Preciso chegar lá logo e…

 Bato o carro em outro. Eu não olhei o sinal, que está vermelho. Saio do carro soltando fogo pelas ventas.

— Não sabe dirigir, não?! — grita um homem baixo, vindo até mim em passos pesados. 

— Desculpa, desculpa! Eu tô com pressa, tá? Vou te passar o meu número…

— Tá querendo fugir, sua quatro olhos? — gritou, estressado.

— Epa, sem ofensas, pintor de roda pé! Eu só quero resolver isso da maneira mais fácil. Estou com pressa. 

— Você tá é querendo fugir sem pagar! 

— Urg, cala a boca! — pego a carteira da minha bolsa e arranco de lá o meu cartão. — Me liga mais tarde, senhor insuportável. Agora eu vou atrás do meu filho! — volto para o meu carro e bato a porta. Ainda posso escutar ele proferir mais xingamentos, mas eu sigo para a escola. Não tenho tempo a perder. Depois eu me resolvo com tampinha. 

 Chegando na escola, paro o carro na área dos fundos. Até chegar na sala do diretor, sou parada pelo Colt, que surge de um grupinho de amigos.

— Mãe! 

— Oi, filho. Você já sabe por que estou aqui? 

— Sim. Eu fiquei sabendo o que aconteceu. Parece que ele se desentendeu com a filha do dono daquela franquia de casas de chá, sabe? A menina enfiou a mão na cara dele.

— Ai, ai. Eu vou lá pra diretoria, antes que a menina machuque mais o Falco. Você vai almoçar em casa hoje? 

— Sim. Agora eu tenho que ir, tchau mãe. — acena e volta para o seu grupinho. Quando chego na sala da diretoria, meu menino está sentado num canto com uma bolsa de gelo no olho.

— Falco! — corro até ele, me ajoelhando diante de si. — O que houve, pequeno? — antes que ele me responda, outra pessoa entra na sala.

— Puta que pariu, você de novo? — ah, essa voz.

— Não acredito. — quando nos olhamos, é como se farpas aparecessem. — Você é o pai na míni demônio que bateu no meu filhinho? 

— Olha como fala da Gabi!

— É hoje que eu vou parar na cadeia por matar um anão! — quando estou prestes a pular na garganta dele, Erwin entra na sala.

— Hange, Levi, dá para ouvir vocês gritando de longe. — solto uma lufada de ar. — Podemos conversar como adultos civilizados? 

— Se a selvagem conseguir. — dou um passo na sua direção, mas uma menina da idade do Falco entra no meio.  

— Não toca no meu pai! 

— E você não grita com a minha mãe! — Falco também entra no meio. 

— Quer ganhar outro soco? 

— Bate no meu menino pra você ver o que acontece! 

— Você tem sorte por ser mulher, ou eu já tinha te chutado daqui! 

 Erwin nos olha sem reação. Deve estar achando que vamos destruir essa sala. Ele que aguente, não vou deixar alguém tratar meu filho mal.  

— Chega! — seu grito faz com que fiquemos em silêncio. — Por favor, não ajam como crianças! Sentem a bunda nessa cadeira e fiquem quietos! — meio relutante, obedeço. Falco e a tal Gabi ficam sentados um em cada canto da sala.

— Enfim, o que os dois fizeram? — pergunto eu.

— Eu não entendi direito porque nenhum dos dois quis falar, nem mesmo as testemunhas. O que sabemos, é que a Gabi acertou um soco no olho do Falco, depois ele a empurrou na parede.

— Você machucou a Gabi, moleque? — o… como é mesmo o nome do baixinho? É com L. L… Levi? Isso! Levi! O Levi olha mortalmente para o Falco. 

— Eu só me defendi! Ela iria me bater de novo se eu não fizesse nada! 

— Não se faz isso. — diz ele.

— Eu não podia ficar apanhando! 

 Suspiro.

— Qual vai ser o castigo deles? — pergunto fervendo de raiva. Se eu pudesse bater nessa menina abusada.

— Três dias de suspensão, acho que será o suficiente para eles pensarem um pouco no que fizeram. Ah, também quero uma redação em dupla falando da importância do companheirismo.

— Eu vou ter que fazer isso com esse mongolóide? — lanço um olhar de raiva para ela. — Pai, essa maluca tá me assustando.

— Erwin, coloca essa selvagem numa coleira. 

 Então eu não aguento, me levanto, pronta para chutar seu traseiro. Mas Erwin me segura por trás.

— Maldito! 

— Vocês precisam se dar bem! Como irão dar exemplo aos seus filhos?  

— Eles não precisam se dar bem. Gabi, depois desse trabalho, não quero que se aproxime do Falco. Certo?

— Certo. 

 Os dois saem da sala. Pego a mão do Falco e o arrasto para fora do local. Ele pega sua mochila e vamos para casa.

 Sinto que mais problemas vêm por aí.

Primeiro RoundOnde histórias criam vida. Descubra agora