Capítulo 15 - Perto de acontecer

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Capítulo 15

— Eu. Não. Acredito. Que. Você. Fez. Isso. — cada palavra é uma palmada na bunda da Gabi, que esperneia no meu colo. — Sua. Irresponsável. Não. Acredito. Que. Confiei. Em. Você.

— Ai, pai! 

— Estou. Decepcionado. Sua. Menina. Idiota.

— O que tá acontecendo aqui? — Mikasa aparece na porta do meu quarto. — Por que você tá batendo na Gabi?

— Peguei ela na cama com um garoto. — Mikasa arregala os olhos.

— Pegou eles… fazendo amor? Ou só dando uns beijos? 

— Estavam se beijando, mas se eu tivesse chegado mais tarde, poderia ter acontecido o pior. — Gabi escorrega do meu colo e corre até a Mikasa, abraçando a prima. — Volta aqui, eu ainda não terminei! 

— Mikasa! — tento puxar ela para mim, mas ela não se solta dela. Mikasa empurra Gabi para fora do quarto e fecha a porta.

— Abra a porta.

— Depois que você me contar porque está cheio de mordidas e chupões. — sinto meu rosto corar. — A viagem com a Hange foi boa? 

— Perfeita. — me sento na cama e Mikasa faz o mesmo. — Acho que finalmente estou amando uma outra mulher.

— Eu fico feliz por você. — toca meu ombro. — Sei que você amou muito a Petra, mas tenho certeza que ela iria gostar de te ver seguindo sua vida. Você pediu a Hange em namoro? 

— Sim. Estou pensando em como contar isso para a Gabi. Ela gosta da Hange, mas sei lá…

— Pode ser difícil, mas acho que ela vai aceitar uma hora. Ah, uma pergunta: ela aprontou na casa da Hange, certo? — assinto. — Então onde estava o Erwin?

 Arregalo os olhos.

 Onde aquele idiota está? 

 …

 Depois de fazer uma ligação para a Hange, estamos no apartamento do Erwin prontos para tortura-lo e depois matá-lo.

 Quando ele abre a porta, está com um cabelo bagunçado e com a boca suja de batom.

 Invadimos o apartamento.

— O que diabos você ficou fazendo enquanto nossos filhos destruíam meu apartamento? — Sua cara é de confusão. 

— Eu falei que queria minha filha imaculada! Mas ela estava beijando! Ah, eu vou cortar seu pinto fora! 

— E eu a sua garganta! O Colt fez sexo na minha cama! Eu vou botar fogo naquele colchão! Vou te jogar pela janela! 

— Calma, meus amigos.

— Não me chama de amigo/amiga! — gritamos juntos.

— Por que você não cuidou deles? Era sua única função! Seu… Seu… — antes que eu pule nele, uma loira aparece na porta de seu quarto, usando sua camiseta e calcinha. Uma bela visão.

— Nanaba?! Para de olhar pra ela, Levi! — cobre meus olhos. — Erwin, deixa eu ver se entendi: você abandonou meus filhos sozinhos em casa para transar com a minha melhor amiga?

— É, meio que é isso… — Hange tira a mão dos meus olhos e em seguida, dá um chute nas bolas do Erwin. — Hange! 

— Desgraçado do caralho! Eu vou te matar! — enquanto Hange bate nele, eu acerto um chute nas suas costelas. Depois que ele está acabado, vamos para a minha casa depois de buscar os filhos dela.

 Com os três no sofá, eu me preparo para dar a notícia para a Gabi. A Hange já contou aos meninos, então só falta contar à minha filha. 

— Tá bom. — ela diz depois de contarmos sobre o namoro, me deixando assustado. — A Hange cuidou de mim para tirar sangue e me ajudou na minha primeira menstruação. Acho que ela já está fazendo papel de mãe para mim, então… bem vinda à família. — sorri.

 Isso foi mais fácil do que pensei.

— Eu não aceito você, Levi. Não encoste na minha mãe com segundas intenções, ou… — Eu e Hange damos uma risadinha, que o faz entender na hora. — Não me diga que na viagem… vocês dois transaram? — assentimos rindo. 

— Usaram camisinha? — pergunta Colt, achando graça. Mas seu sorriso morrendo quando eu e Levi nos olhamos assustados. 

 Como dizer a eles que esquecemos da camisinha porque transamos na praia? 

— Merda! Hange, vai comprar a pílula do dia seguinte! Não podemos ter um filho no primeiro mês de namoro! 

— Calma, calma! Eu vou! O que acham de comermos um lanche em família depois que eu passar na farmácia? Podemos levar a Mikasa.

— Beleza! Vamos! 

 Já na lanchonete, depois que eu tomei a pílula, estamos todos numa mesa grande, comendo lanche. Falco está emburrado, não fala com ninguém.

— Vocês formam um casal bonito. — diz Mikasa. — Quando vão casar?

— Acho que daqui uns dois ou três meses. 

 Ele fala bem na hora que estou com o refrigerante na boca, então me engasgo.

— Não tá meio cedo pra isso? — limpo a boca com o guardanapo.

— Quanto mais cedo, melhor. Você não concorda? 

— Eu…

— Hange! — escuto a voz de uma pessoa que conheço e quando me viro, lá está ele, sorrindo para mim. Me levanto e pulo nos seus braços. — Como você tá?

— Tô ótima!

 Vejo que Levi nos encara incomodado, mas antes que eu explique tem que é ele, Falco faz isso por mim.

— Pai! — pula nele, apertando o pai. — Pai, posso ir morar com você? Não gosto do novo namorado da mãe.

— Namorado, é? — sorri. — Quem é?

— Eu. — Disse sério.

— Não acredito que você está namorando! Que incrível! Fico tão feliz por você!

— Você é o Moblit? — Levi se levanta e fica ao meu lado. Meu amigo afirma. — Você não tem interesse em ficar com ela, né?

— Claro que não! A Hange é uma deusa grega, mas não combinamos como casal, somos apenas melhores amigos. E é bom você cuidar bem da mãe dos meus filhos, ou eu te capo. 

 Dou risada.

— Não irei magoar ela, tenha certeza disso. 

— Ok. Espero o convite para o casamento! Até breve.

 Algo me disse que essa história de casamento está bem perto de acontecer.

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