Foi como o Natal

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Mais ou menos uma hora depois, a lareira havia aquecido completamente o cômodo, o maçapão havia sumido e a garrafa de destilados estava bastante amassada. Hermione estava se esforçando ao máximo para vencer Draco em uma competição de magia sem palavras. Eles estavam sentados lado a lado em seus colchões e tentavam ver quem conseguia usar a varinha mais rápido.

— Sim! Eu ganhei! — gritou ela, agitando a sua no ar, enquanto a dele ainda estava balançando na mesa.

— Tudo bem, bruxa — ele disse. — Mas eu ainda acho que posso ser melhor do que você em quase todas as poções que você usar. — Ela mostrou a língua para ele e ele riu. Ela se sentou e o encarou com as pernas cruzadas.

A música ao fundo subitamente surgiu com um floreio de trombetas. — Sabe, Draco — ela disse com um pequeno brilho nos olhos — agora parece Natal.

— Oh? — ele levantou uma sobrancelha, seus olhos brilhando à luz do fogo quando ele rolou para encará-la e apoiou sua bochecha em sua mão.

— Sim — ela acenou com a mão para envolvê-los. — Temos presentes, fogo crepitante, música vagamente festiva. Está muito frio lá fora, mas estou me sentindo aquecido, um pouco bêbada e bastante alegre.

Ele riu baixinho — E não houve outra coisa que você especificou quando estava me repreendendo na beira da estrada por meu comentário inocente?

— Foi quando pensei que você não queria estar na missão! — ela protestou. Ele olhou para ela e ela corou. — Ok, ok — ela disse em voz baixa — eu disse que queria estar com pessoas que queriam estar comigo.

— E o que você acha disso agora? — ele perguntou, sua voz e olhos de repente bastante intensos.

— Eu, eu acho que é como o Natal.

— Mmm, ainda não — disse ele, pegando sua varinha, mas sem quebrar o contato visual com ela.

Hermione sentiu sua pulsação aumentar quando ele se aproximou dela no colchão. Os olhos dela seguiram o movimento gracioso do pulso dele enquanto ele balançava a varinha acima de suas cabeças e murmurava um encantamento baixo. A vegetação espiralava da ponta e se organizava em um cacho organizado de folhas escuras e frutas brancas.

Visco.

Ela respirou fundo e olhou para baixo, seus olhos encontrando os dele, que de repente ficaram muito escuros. Ele estendeu a mão e deslizou a mão em seu cabelo, puxando-a para ele e capturando seus lábios. Hermione sentiu como se estivesse caindo e flutuando ao mesmo tempo - no beijo mais deslumbrante. Ele ainda estava apoiado em seu cotovelo, mas usando a outra mão para segurá-la contra ele enquanto o beijo se aprofundava, suas línguas se entrelaçando.

Então ele se ergueu sobre ela e a empurrou de volta para o colchão. Ela deslizou as mãos pelo peito dele e sentiu os dedos se enrolarem no tecido da camisa dele enquanto o beijo ficava mais selvagem. Ele apoiou os braços em ambos os lados do rosto dela enquanto as mãos dela se moviam de seus ombros e ela passou os braços firmemente ao redor de seu pescoço, enfiando os dedos no cabelo em sua nuca. Seu peso contra ela era delicioso.

— Você tem um gosto tão bom — ele murmurou, parecendo ecoar seus pensamentos. Seus lábios deixaram os dela para beijar o ponto sensível logo abaixo da orelha.

— Mmmm, amêndoa e anis — ela concordou, arqueando o pescoço para dar a ele um melhor acesso e arrastando os dedos por seu cabelo brilhante.

— Eu tenho vontade de fazer isso há meses — ele sussurrou contra seu pescoço — mas os últimos dias têm sido um tipo especial de tortura.

Ela riu baixinho por um momento antes de seus lábios voltarem aos dela e silenciá-la, sua língua fazendo algo perverso e doce.

— Fale-me sobre isso — ela conseguiu dizer depois de alguns minutos, correndo o pé na parte de trás da perna dele e puxando-o para mais perto de seu núcleo. Ele respirou fundo, sua mão subindo da cama para deslizar sobre a curva de sua cintura nua.

— Você sabe... — ele sussurrou entre beijos — como esse top é sexy pra caralho? E... que adorável... você fica... com um gorro de tricô?

Ela se afastou e soltou uma risada suave, acariciando seu lindo rosto antes de beijá-lo novamente. — Sou uma fã particular do seu casaco... e... da sua covinha. — Seu dedo traçou sua bochecha e ele olhou em seus olhos.

Parecia que eles eram as únicas duas pessoas no mundo naquele estranho chalé, naquela noite gelada de inverno. As sensações físicas de Hermione aumentaram com a intensidade do toque dele, mas sua mente também estava em chamas com a ideia de que ele também a desejava - e há muito tempo. O conhecimento parecia um presente. Enquanto enfiava as mãos por baixo da camisa dele e passava os dedos pela seda de suas costas nuas, buscando seus lábios novamente, ela pensou que não era apenas como o Natal, era melhor.

Fim.

Just Like Christmas | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora