Um Dia Na Creche

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AUTORA: (coçando a cabeça confusa) ué. Como viemos parar aqui?

GREGORY: ah, é que teve uma cutscene que não apareceu na fic do Sun te perguntando se você poderia ajudar ele a cuidar das crianças na creche hoje, em troca de vinte potes de Nutella (dá de ombros) e você concordou.

AUTORA: ah, tá. Tendeu (choraminga) eu me vendo fácil demais por chocolate. Crê em Deus Pai.

SUN: (gritando lá do palco) vai me ajudar com a caixa de som ou tá difícil, Bia?

Revirando os olhos, Bia vai ajudar Sun, enquanto uma multidão enorme de pequenos projetos de gente começa a se sentar na plateia, do outro lado da cortina.

VÁRIOS MINUTOS E CINCO VELOCIDADES DO CRÉU DO SUN DEPOIS…

SUN: olá, crianças! (dá uma pirueta) hohoho!

AUTORA: FELIZ NATAL, FILHOTADA! (se joga no palco do nada, e começa a tacar minipresentes na plateia, com um gorrinho de Mamãe Noel – surgido sabe-se de onde – atarraxado na cabeça)

SUN: (olha com cara de cu para Bia, enquanto as crianças morrem de rir) hoje não é Natal, Bia.

AUTORA: (faz sumir o gorrinho e os presentes) então seja mais específico, carai. Se alguém aparece com roupas bizarras na frente de um monte de crianças dizendo “hohoho”, pressupõe-se que já é véspera de Natal.

UM PIRRALHO QUALQUER DA PLATÉIA: (levantando a mão) tia, o que é vespa… vespe…

AUTORA: elementar, meu caro guri… (ergue o dedo, prestes a começar o que parece ser uma longa e chata aula didática sobre a raiz da palavra “véspera”)

SUN: quer dizer que está prestes a acontecer! (fala com um sorriso quase psicótico) e agora é véspera da Bia voltar para o sistema de som, que é o único trabalho dela, já que não tem competência para se apresentar! (começa a empurrar Bia de volta pros bastidores) SAI DAQUI, DESGRAÇA.

Assim que Bia retorna para dentro do palco, Sun volta a se apresentar, se recompondo mais rápido do que Palmeiras levando gol.

AUTORA: que beleza (suspira) quase quatro anos cursando faculdade de Pedagogia, para ser substituída por um espantalho falante (olha feio na direção do palco) ele vai ver só…

Enquanto Sun rodopia e faz sua apresentação, do nada, um funk bizarro começa a berrar dos alto-falantes, enquanto uma gritaria chocada e humorada começa a crescer entre as crianças.

Então dá aula com pancadão, guri gritando, na pressão
Só reprovando na Educação, ooooh
Joga bolinha, não faz lição, conversa na aula, não é fácil não
Sai desse palco, seu Sol do cão, ooooh

SUN: (dando uma respirada tão forte que seus olhos reviram nas órbitas) podem me dar licença? Eu volto já…

Antes que Gregory – que estava segurando o botão de play do sistema de som – pudesse sair correndo, uma mão enorme o levanta no alto, e ele se encolhe quando a cara mal-humorada e assustadora de Moon sorri cinicamente para ele.

MOON: (parecendo se segurar para não fazer panqueca de Gregório) BOA NOITE, MOLEQUE SAFADO…

GREGORY: (se debatendo) vem não, tio Moon! Nem tá de noite ainda!

MOON: aqui nos bastidores está escuro o bastante pra eu aparecer (olha feio pra ele) agora me diga onde está aquela criatura nevasta!

GREGORY: (bufa) primeiramente, é “nefasta”. Ofende, mas não viola a bunda da Língua Portuguesa.

Five Nights At Humor - Security Breach (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora