Tem Sariette por aqui ainda??
Pessoal, sei que esses últimos dias foram de muitos tombos pras sariettes e muita gente dropou. Eu não quero parar de escrever a fic. Já que a vida real tá tão ruim pra gente, pelo menos nas fics a gente pode ser feliz.
Mas quero saber se alguém ainda vai ler isso aqui? Me falem por favor!
No mais, segue capítulo novo pra vocês!
Bjss
Sarah
A semana começou e na segunda-feira acordei mais cedo que o normal. 4:30 da manhã eu despertei, estava ansiosa. Sabia que não conseguiria dormir mais, então levantei. Eu sentia como se tivesse algo pra resolver, algum assunto pendente. Mas esse assunto pendente era comigo mesma.
Me troquei e fui direto para o curral. Peguei o Xamã, selei meu cavalo, e saí por aí.
Meus pensamentos e emoções estavam confusos. Eu não estava entendendo direito o que se passava em minha cabeça e meu coração. Era um misto de alegria e apreensão, felicidade e medo.
Precisava colocar minha cabeça em ordem, entender o que eu estava sentindo. E o melhor para fazer isso era cavalgando sem rumo. Juliette estava na minha casa há pouco mais de uma semana e tinha virado minhas emoções de cabeça pra baixo.
Tinha tanto tempo que eu não me sentia tão bem estando com uma pessoa. Para ser sincera, não lembrava de ter me sentido dessa forma com ninguém. Claro que tinha a Thais, o Gil, a minha mãe, que eu amava estar junto, mas era diferente, sei lá. Com ela eu não só me sentia super à vontade, como me sentia em paz.
Quando estava com ela, fosse conversando durante as refeições ou assistindo filme à noite, parecia que nada de ruim poderia acontecer. Era como se tivesse uma bolha ao nosso redor e dentro dela eu sabia que tudo ia ficar bem.
Mas esse sentimento, essa vontade de estar com ela o tempo todo me confundia. Eu ainda não sabia até onde isso era um sentimento normal de amizade ou se já tinha se tornado algo mais.
Quando mais nova já tinha tido umas paixonites por amigas, professoras, mas nada muito sério. Só um encantamento mesmo, nada sexual.
Na época da faculdade me sentia atraída por algumas amigas minhas. Mas eu vinha de uma família mega tradicional, onde existia muita homofobia, principalmente por parte do meu pai e meus avós. Na cabeça deles, eu tinha que estudar, namorar, noivar, casar, ter filhos e ser feliz para sempre. Não tinha como sair desse roteiro. E eu acabei tomando isso como uma verdade. Eu era muito imatura para questionar qualquer coisa.
Quando acabei bebendo além da conta em uma festa e fiquei com a Vivi, me senti um lixo. Parecia que tinha cometido um crime. Não importava o quanto tivesse sido bom no momento, o medo que senti de estar fazendo algo errado era enorme.
Não foi muito depois disso que conheci o Rodolffo, e ele era tudo que meus pais sempre sonharam pra mim. De uma família boa, com dinheiro, educado, bonito e simpático. Minha mãe se apaixonou pelo Rodolffo antes mesmo de mim e sempre fez questão de falar que meu pai estaria muito feliz com esse relacionamento, onde quer que ele estivesse.
Acabei aceitando namorar com ele, mais pela pressão da minha família do que pela minha própria vontade. E a ordem dos acontecimentos (namorar, noivar, casar, ter filhos) não aconteceu na cronologia exata com a gente.
O "felizes para sempre" então, não chegou nem perto com tanta tragédia que caiu sobre nossas vidas.
E agora eu era madura o suficiente para perceber como isso tudo era uma besteira. O que realmente importava nessa vida era ser feliz. A vida podia pregar tantas peças na gente, que não valia a pena fazer o que não queria para agradar aos outros, igual eu sempre tinha feito.
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Destino - Au Sariette
FanfictionAs vidas de Juliette e Sarah se transformaram completamente no dia 2 de outubro de 2020. Seis meses depois elas se encontram e começam a entender que tudo na vida tem um porquê. Apesar dos traumas, as duas mulheres decidem se abrir e descobrir nov...