Sete

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Oi luazinhas! Demorei mais voltei!

Os tempos de vacas gordas estão chegando, se preparem!

Aguardo os feedbacks de vocês! 


Sarah

Juliette dormia com a cabeça no meu ombro enquanto voltávamos pra fazenda de táxi. Aquele contato e o cheiro cítrico do cabelo dela estavam arrancando um sorriso do meu rosto.

Mas no fundo eu estava assustada. Hoje senti algo que não sentia há muito tempo: ciúmes. Eu sempre fui ciumenta, até mesmo com meus amigos, mas já faziam muitos anos que eu não sentia nada parecido com o que senti hoje. A mulherada dava em cima do Rodolffo pesado e eu nem ligava. Mas hoje senti ciúmes quando Juliette perguntou da Thais no carro e quando a vi conversando com o Filipe.

Eu ainda tinha dificuldade de entender o porquê disso. Eu já tinha tido algumas crushs em mulheres ao longo da minha adolescência e juventude, apesar de só ter beijado mesmo uma. Depois que me casei isso ficou esquecido, mas desde que ela apareceu na minha vida, alguma coisa despertou dentro de mim.

Ela era linda de morrer, qualquer um podia ver isso, e era gente boa, engraçada e fofa e sexy ao mesmo tempo. Apesar de ser oito anos mais nova que eu, quando estávamos juntas essa diferença não existia.

- Chegamos! – O taxista falou me tirando dos meus pensamentos.

- Ju! Acorda, já chegamos. – Falei fazendo carinho na cabeça de Juliette para despertá-la.

Ela abriu os olhos com dificuldade, pareceu levar um tempo até entender o que estava acontecendo. Paguei a corrida e saímos do carro.

- Nossa, eu apaguei. Não sabia nem onde eu estava quando você me chamou. – Disse bocejando e andando com dificuldade.

Segurei em sua cintura para que não caísse e fomos andando meio abraçadas até a porta dos fundos do casarão.

- Obrigada Sarah! – Juliette falou e eu parei de colocar água no copo e olhei pra ela. – Por tudo! Pela noite de hoje, por ter me acolhido aqui, por me tratar tão bem. Eu realmente não tenho como te agradecer. – Chegou mais perto de mim e deixou um beijo na minha bochecha.

Os seus lábios encontraram minha bochecha por menos de dois segundos. Mas quando ela se afastou eu senti uma falta enorme daquele contato. Ela virou de costas e foi andando em direção ao seu quarto. Eu fiquei paralisada no mesmo lugar, não consegui falar nada, não consegui me mexer.

- Ah, e obrigada pela roupa e pela maquiagem também. Vou lavar a te devolvo limpinha. – Falou de repente, parando de andar e se virando novamente para mim.

- Imagina Ju! Na verdade, pode até ficar com o vestido. Tem anos que não uso ele, o Rodolffo implicava, achava muito curto.

Juliette fez uma careta. – Ah, mas agora então você vai aproveitar e usar ele bem muito. – Falou rindo e arrancou uma gargalhada minha.

- Eu tenho muitas outras roupas curtas que posso usar agora. Esse você pode ficar. Até porque ele ficou muito melhor em você do que em mim. – Falei piscando pra ela.

- Obrigada então! Boa noite! – Falou sorrindo e foi pro quarto.

Peguei minha água e subi pro meu quarto também. Que noite louca essa!

Me permiti dormir um pouquinho mais que o normal no sábado. Acordei e fiquei enrolando na cama me lembrando de todos os acontecimentos da noite anterior. Foi uma noite tão gostosa e leve. Lembrei do momento em que dançamos funk, tão próximas, eu podia sentir a respiração dela em mim. 

Destino - Au SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora