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Oi gente!

Pleno dezembro de 2021 e resolvi escrever uma fic Sariette. Pois é!

É a minha primeira fic, então tenham paciência. E comentem bastante para eu saber se estão gostando e se vale a pena voltar, kkkkk.

Bjss

*****

Às 5h da manhã o despertador tocou. Desliguei o celular e levantei imediatamente. O sol estava nascendo lá no horizonte. Tomei meu banho, coloquei uma calça jeans, blusa básica e minhas botas e desci. 

02 de abril, hoje faziam seis meses. Seis meses que aquela tragédia virou minha vida de cabeça pra baixo. Liguei a cafeteira, enquanto preparava umas torradas. Com o café da manhã tomado, saí em direção ao curral. As vacas já estavam lá, esperando a vez de ter o leite tirado. 

Esse sempre foi o meu momento preferido do dia. O friozinho da manhã, o cheiro de grama molhada, até mesmo o cheiro de esterco, que a maioria não gosta, é dos meu preferidos. Mas nos últimos meses essa cena me deixava triste, me lembrava de tudo que aconteceu e de como a minha vida tinha perdido o sentido.

- Bom dia Dona Sarah! – falou Petrônio, o meu empregado mais antigo, que comandava todo o trabalho com os animais na fazenda.

- Bom dia Petrônio! Como tá aí hoje?

- Elas estão um pouco estressadas. Choveu demais essa madrugada. Caiu uma árvore no pasto. Nenhuma se machucou, mas as bichinhas estão assustadas. A produção tá um pouco abaixo da média. – Falou coçando a cabeça.

- Quanto? – Questionei

- 20 mil litros até agora.

- Huum – Falei pensativa. - Acho que vou dar uma volta a cavalo daqui a pouco. Prepara o Xamã pra mim?

- Claro! Em 10 minutos tá pronto.

Xamã era o meu cavalo preferido. Ganhei do meu pai quando fiz 16 anos. Foi o último presente que ele me deu antes de morrer. Eu e Xamã ganhamos muitos prêmios juntos. Agora ele já estava aposentado das competições, assim como eu, mas ainda era meu maior companheiro de aventura.

Pouco tempo depois já estava cavalgando pela fazenda. Gostava de fazer isso pelo menos uma vez por semana. Passava horas em cima do cavalo, percorrendo todo o perímetro do local. Olhava as plantações, os animais, verificava a qualidade das estradas de terra, conversava com os funcionários e principalmente, relaxava. Essa era minha terapia. E hoje eu precisava muito disso.

Parei em frente a uma das lagoas para Xamã beber água. Aproveitei para descer e esticar minhas pernas. Sentei em uma pedra e fiquei olhando o horizonte. Aquela paisagem linda na minha frente, toda verde. Aquilo era o que me trazia paz. Eu amava a vida na fazenda, a minha rotina, os animais. 

Era engraçado pensar que vim pra cá meio obrigada. Apesar de amar cavalos desde que me entendo por gente, eu era uma menina da cidade, que ia pro jockey para treinar. Nunca me imaginei largando tudo e indo morar no meio do mato, sem barulho, sem gente, sem badalação, sem shopping. Mas, como a vida adora nos surpreender, aqui estava eu, sem nem sequer imaginar largar tudo para voltar pra cidade, mesmo depois de tudo que aconteceu.

Subi no Xamã novamente e fizemos o caminho de volta pra sede da fazenda. O deixei no curral aos cuidados de um dos meus funcionários e subi pro casarão.

Entrei na casa e já estava com aquele cheiro de comida deliciosa.

- Bom dia Dona Jacira, que cheiro bom!

- Ô minha filha, bom dia! Sumiu a manhã toda, foi?

- Fui cavalgar por aí – falei sorrindo.

Destino - Au SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora