Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Suas azas são cortadas e, em seguida, você é culpada por não saber voar"
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Anaya Kamil
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Sabe quando você pensa que as coisas não podem piorar, e vão lá e pioram??? Era uma pessoa tão complicada e fechada, não era retraida ou tímida, o trauma que sofri com o assassinato dos meus pais tornou-me numa pessoa medrosa, directa, não gostava de rodeios, mas também não saía falando por aí a qualquer um sobre a minha vida, as minhas origens e muito menos que era virgem.
Já sentia-me envergonhada por ser quase como um livro aberto pra esse homem...
Honestamente, só existia uma pessoa que sabia dessa minha "condição", sim condição, porque era assim que eu me via, essa pessoa era Antônia. Não era algo do outro mundo do tipo excecional. Pra mim, parecia até uma doença a qual as pessoas dão demasiada importância.
Ele permanecia em silêncio, olhando pra mim, eu corada da cabeça aos pés, notei que havia um sorriso a querer formar-se nos seus lábios.
- A Anaya nunca esteve com ninguém? Isso é verdade?
- Sim, nunca! Não sei porquê do espanto! Não é algo que eu saia por aí mentindo!
- Não é espanto, e em momento algum chamei-a mentirosa... é só algo raro! - fala colocando a mão no queixo. - Se não estou em erro a Antônia deixou de ser... digo, teve a sua primeira experiência aos 18 anos, Anaya tem quantos? 25 anos?
- 26 anos. Isso não é uma competição!
- Porquê nunca o fez? - subitamente não queria mais estar naquele café com o irmão da minha melhor amiga que olhava pra mim com se eu fosse uma aberração, e tinha a maldita sensação de segurança que ele passava pra mim, que podia confiar nele e que se insistisse, lhe contaria até os planos inexistentes para o meu futuro.
