Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Que as suas escolhas reflitam esperança, e não o medo"
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Alexandre Endicott Salvatore
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Apressei-me a sair do apartamento dela, enquanto descia as escadas, liguei para o Clínico que eu substituiria, expliquei a ele que iria me atrasar, foi bastante compreensivo, o que era estranho pois sempre foi o que mais reclamava sobre as minhas ausências.
O sol havia nascido sobre uma cortina de nuvens densas, era certo que ia chover. Apesar de os dias de chuva serem os que mais gostava, esse em particular fez-me lembrar em como Ariana destestava o tempo chuvoso... Como foi que eu deixei ruir lenta e dolorosamente a relação que nós dois tínhamos? Porquê estava a pensar nisso agora?
Bem, eu acabava de beijar a Anaya, parecia a coisa mais natural do mundo, no entanto não era, não quando era suposto eu tentar não voltar a mogoar mais ninguém, mas eu não conseguia tirar da minha cabeça o gemido dela a chamar por mim. Fechei os meus olhos, fazendo um pedido silencioso, para que aquelas imagens sumissem da minha cabeça.
Já havia chegado ao café mais próximo das redondezas, estava cheio, era o horário em que todo mundo saía para tomar o café da manhã. Depois de pegar tudo o que ela precisava, voltei no mesmo ritmo que fui.
Encontrei-a sentada, concentrada e digitando freneticamente no laptop .
- Quando foi que você se levantou? - perguntei um pouco aborrecido.
- Não levantei, a Anne minha estagiária passou aqui. - mantinha os olhos na tela do computador como se estivesse a evitar-me. Tirei o laptop dos seus braços e dei-lhe a sopa de legumes que ainda soltava fumo.
- Come tudo. Tem salada de frutas, deixei na sua geladeira. Tens de tomar muitos líquidos principalmente chás quentes. Se fizeres a medicação em horas como prescrito, creio que amanhã estarás melhor e talvez... talvez possas regressar ao trabalho, está bem? - finalmente consegui a sua atenção.
- Está certo... - responde e ficamos alguns segundos nos fitando em silêncio, ela estava péssima, quase cinzenta e os lábios estavam esbranquiçados. Não podia deixar ela sozinha. - Alexandre??
