Capítulo 17

563 94 59
                                    

"Nunca pensei que encontraria uma saída, não pensei que ouviria o meu coração bater tão alto, nem acreditava que existia algo mais no meu peito, acreditava que era feita de pedra..."

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

Anaya Kamil

Anaya Kamil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sentia o meu coração parar de bater novamente, mas agora com memórias de há doze anos, invadirem os meus sonhos, fazendo o meu corpo todo tremer e doer, uma angústia me dilacerar, gritava alto, eu estava lá, ouvindo tudo, cada grito de desespero, ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Sentia o meu coração parar de bater novamente, mas agora com memórias de há doze anos, invadirem os meus sonhos, fazendo o meu corpo todo tremer e doer, uma angústia me dilacerar, gritava alto, eu estava lá, ouvindo tudo, cada grito de desespero, o som emitido pelos seus corpos sendo arremessados para o chão, o barulho dos seus ossos sendo quebrados, os últimos suspiros, o sangue espalhado por todo lado incluindo nas roupas que tínhamos vestidos. Gritava horrorizada, doia, doia muito... Tudo o que eu não pude fazer há doze anos, em meus sonhos eu faço... Despertei gritando com os olhos banhados em rios de lágrimas, era só mais um dia normal. Finalmente as coisas começavam a voltar ao normal (era esse o meu normal), nem com anos de terapia eu conseguia ultrapassar a culpa me consumindo.

Quinta feira, levantei deparando-me com uma manhã cinzenta. Pela primeira vez em quatro dias, tinha conseguido dormir sem ter sonhos molhados com o irmão da minha melhor amiga, invés disso voltei ao inferno que foi àquele dia (sendo honesta, preferia sonhar com o Alexandre), era o sinal que precisava pra ir à Clínica agradecer por ter me ajudado e pagar pelos seus serviços.

O meu subconsciente tinha um ar grave, tentando chamar-me à razão (você já o agradeceu, não é necessário isso tudo). Mas eu ia mesmo fazer isso. Dei uma última olhada no espelho, gostava de como estava.

As olheiras tinham sumido, tinha perdido quatro quilos. Não era muito de usar roupas escuras, mas hoje sentia-me bonita então coloquei um vestido preto que valorizava as minhas curvas, sandálias rasteiras douradas, o meu cabelo não estava lá essas coisas mas deu para fazer duas corridas (como as da Nala) senti um afago no coração só de a lembrar, eu quero ver de novo a menininha que ganhou o meu coração, era um dos motivos o qual ia ter com o Alexandre.

Consegui o endereço com a Antônia, alegando que tinha de fazer a consulta de rotina, não me encheu com os seus constantes questionários porque está em Austin há dois dias. Então, acredito que tenha assuntos mais urgentes a tratar, como se entender com o seu pai.

ANAYA (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora