Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
— O que ela precisa contar pra mim? — insiste se voltando pra mim.
— Travis agora não! — entre nós dois havia sempre a pessoa que estabelecia limites, o Travis é impulsivo e algumas vezes agressivo (nada de grave), nessas alturas eu intervinha, e o fazia lembrar dos limites intransponíveis. — Vamos, vou deixar-te no seu apartamento.
— Alexandre, espera. — levanta e cruza os braços. — Sei que vai parecer loucura, mas eu gosto dos dois. — ela fala e fica a espera de outra reação vinda de nós dois. — Mas acho que isso não é novidade pra vocês. — acrescenta baixinho.
— Não. — respondemos em uníssono.
— Nós vamos deixar você decidir se quer sair connosco ou sermos apenas amigos. — ela olha pra nós com os olhos esbugalhados, horrorizada. — Não é como você está pensando, jamais a colocaria numa situação dessas. — falo, para que ela não tire conclusões precipitadas.
— Como vocês querem que eu ande com os dois ao mesmo tempo? Como seria isso? Teria um dia pra cada um? — pergunta alterada.
— Você ia sair connosco, e seria com os dois em simultâneo. Incluindo as noites. — explico.
— Co-como assim??? Vocês enlouqueceram? — não compreendo a indignação dela, até a bem pouco tempo ela estava prestes a se entregar ao Travis comigo presente. O que ela achou que aconteceria se eu o deixasse seguir em frente?
— Não creio que esse seja o momento para explicar tudo pra você querida. Não irias compreender — o Travis intervém.
— Mas eu...
— Foram muitas emoções por hoje Anaya, eu vou explicar tudo pra você, quando estivermos todos mais calmos está bem? — não sabia como vim parar aqui, ou qual foi o momento que atinei nessa ideia malucas do Travis. Mas ela era virgem, como introduzir uma virgem em um relacionamento à três?
