Capítulo 5

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—Maya! Isso não é fogo comum.-Sanemi diz isso ao chegar perto da casa.

—E o que a gente faz? 

—Eu tenho uma idéia... Mas fica longe...-Ele estende a mão e o fogo parece ser absorvido pela palma da mão dele em uma forma espiral e eventualmente o fogo é completamente apagado.

Assim que o fogo é apagado a Maya corre em disparada pra dentro da casa e logo na entrada ela vê o um corpo completamente incinerado pelas chamas.

A Maya para na entrada e vira o rosto ao olhar o corpo de Carmen.—Ela era uma amiga do Tadeu, ela perdeu a filha ontem e a gente ia se juntar pra procurar...-Os olhos de Maya começam a ficar marejados.

—Não tem muito que a gente possa fazer agora... E melhor a gente ir...

—Não, a gente precisa enterrar.

—O que é isso?

—A gente coloca o corpo da pessoa embaixo da terra em sinal de respeito.-Ela vai ao lado da casa aonde ficavam os animais que agora estão todos mortos, e procurando um pouco ela acha duas pás pequenas. —Pega ai.-Ela entrega uma pá à ele.

—Como se usa isso?-ele segura a pá da mesma forma que ele segura a katana.

—Você quer me dizer que você usa poderzinho, usa uma katana, se teleporta e não sabe usar uma pá?- Apesar do clima pesado por conta das mortes, ela esboça um sorriso.

Ele fica olhando para a pá sem saber o que fazer com ela.

—Me olha fazendo e faz igual, tá?-Ela começa a cavar.

Ele observa a Maya fazer aquilo e imita os seus movimentos, juntos eles conseguem cavar duas covas.

—O que acontecia quando um da sua espécie morria?-A Maya solta a pá deixando a mesma de lado e vai em direção ao corpo na frente da casa.

—Ah... Nós nunca vimos ninguém morrer, pelo menos eu não.-Ele vai atrás da Maya e juntos eles pegam o corpo e arrastam para a primeira cova.

—E o que acontecia com sei lá... Seus avós?-Ela vai andando para o centro da casa.

—Eles, começaram a ver uma pessoa importante no meu mundo e depois de uns dia eles sumiram, isso não era incomum, na verdade isso é uma tradição.- Ele entra na casa junto com ela e eles pegam o corpo de Carmen e arrastam para a cova e colocando dentro da mesma.

—Vocês tem algum tipo de céu ou inferno lá?-Ela começa a tampar a cova de Carmen e Ele faz o mesmo com a segunda cova.

—Não, eu diria que isso não existe. Pelo menos pra seres como eu.

—Entendi... -Eles ficam em silêncio até os corpos estarem totalmente cobertos pela terra.—Bom, acho que agora a gente pode ir.

O Sanemi acena com a cabeça e os dois vão para dentro da carroça com os matimentos e logo em seguida retornam para a sua viagem.

—Deixa isso comigo, você precisa dormir...-Ele pega as rédeas dos cavalos.

—Não, você não sabe o caminho...-Ela estende a mão pra pegar.

—É só você me contar, e depois disso você vai dormir.

—Preciso dormir não, eu to muito bem!-os olhos dela estão claramente cansados, e as olheiras enormes e escuras deixam seu semblante mais exausto.

—A sua cara me diz outra coisa...

—Ai... Ok,eu vou guiando, é só ir reto e quando eu não aguentar mais ficar acordada eu te passo, pode ser?

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⏰ Última atualização: May 13 ⏰

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