Capítulo 1

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—Faz o seguinte, enche uma bandeja dessa.- A Maya aponta para uma bandeja que fica atrás de um balcão de madeira.

—Claro moça, mas vai sair bem caro.- Um senhor careca com um bigode gigante fala isso pra ela enquanto se agacha para pegar a bandeja.

—Não se preocupa com isso grandão.-Ela termina de comer e fica esperando sentada em frente o balcão.

Ele começa a encher a bandeja de madeira com alguns salgados e doces, e aquela bandeja na verdade era um balde com alguns pedaços de ferro presos para ele não quebrar. Esse senhor termina de encher e coloca encima do balcão segurando pela alça de ferro do balde.

—Isso parecia menor de longe, ô Tadeu pensando melhor, deixa só metadinha.-Ela dá uma risada sem graça e coloca a mão atrás da cabeça.

—Ok.-Ele dá uma risadinha balançando a cabeça e tira metade dos doces e salgados.—Pronto, deu cem.

A Maya bate nos bolsos e percebe que não tem dinheiro.

—Então... Você sabe a rua ali de trás... O meu pinguim se perdeu lá e levou minha carteira.-Ela faz uma cara de espantada como se realmente estivesse desacreditada do que aconteceu.

O Tadeu dá uma grande gargalhada.—Essa foi sua melhor desculpa? Faz assim, pode levar, me paga quando você for rica.

—"Brigada" Tadeu.-Ela pega o balde pela alça de ferro e sai com ele enquanto dá um sorriso pro Tadeu.

Ela sai pela porta e vai direto para um beco aonde tem vários senhonhes de idade com roupas rasgadas e bem sujos. Ela chega sem falar nada, coloca o balde com os salgados e doces ao lado de um deles e sai caminhando.

A Maya coloca o capuz da sua blusa e continua andando sem falar nada.

Logo depois da saída de Maya de dentro do bar, uma pessoa de roupas pretas e uma máscara de raposa parava na frente da porta e tirava seus sapatos antes de entrar.

O Tadeu olha para a porta e vê esse jovem adulto entrando no bar com os sapatos em suas mãos.

—Boa tarde meu jovem, o que gostaria de comer ou tomar?-O Tadeu coloca um grande sorriso no rosto e posiciona um pano branco em seu ombro.

—Eu gostaria de... Eu não sei, ninguém nunca me fez essa pergunta aqui nesse mundo.-Esse jovem senta no banco de madeira e enquanto ele andava o Tadeu percebe que ele está sem sapatos.

—Ei garoto, não precisa tirar os sapatos, além disso o chão está bem sujo. Se você quiser alguma coisa é só pedir que eu preparo.-Ele se vira para outra pessoa que faz um pedido de espetinhos.

—Eu procuro uma garota, Maya... esse é o nome dela.-O jovem permanece com os olhos baixos.

Todas as pessoas do bar que estavam sentadas e conversando, ficam em silêncio quando ele menciona o nome da Maya.

—O que quer com ela?-O Tadeu fica com uma expressão séria.

—Eu preciso matar ela.

Quando ele termina de falar isso, todos do bar se levantam com facas e pedaços de madeira enquanto se viram da direção dele.

—Você é da Realeza?-O Tadeu pega alguns salgados e coloca na frente do rapaz.

—Eu não faço idéia do que é isso... Mas eu preciso mata-lá.-Ele pega um salgado e começa a comer.

—Ela fez algo para você? Algo que a gente pode resolver sem violência? Sabe, ela é impotante pra gente, então nós não vamos aceitar que alguém apareça aqui e ameace ela sem nenhum motivo justo.-O Tadeu se debruça sobre o balcão usando os cotovelos como apoio.

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