Último capítulo parte dois (Extra)
FRANCINE
Uma semana depois.
Minha cabeça estava rodando. No entanto, eu ainda tinha o senso de realidade, sabia me controlar.
Encarei meu vestido, aquele que ganhei dele para usar no baile de caridade de Helô. Peguei uma mecha do cabelo escovado e joguei para trás afim de não focar na quantidade de mulher babando, e em como, uma em específico fazia de tudo para esbarrar nele toda vez que mexia no maldito vestido impecável.
Era linda. Não seria hipócrita de negar. Os cabelos negros como um manto em suas costas, a bunda arrebatada e, para completar o monumento, as pernas longas e torneadas.
Diego, ou, estava dando uma de cego, ou realmente não vira mesmo, porque a todo instante olhava para trás e, quando seu olhar se encontrava com o meu ele sorria e os olhos brilhavam.
Então eu esperei. Mesmo que estivesse castigando a parte interna da bochecha de tanto morder. Eu nunca tinha sido colocada a prova dessa maneira.
Então eu apenas esperei...
Malditamente aguardei.
Tínhamos chegado no dia anterior e, esse tempo nos dedicamos a Noah, levando-o para se divertir. Ele tinha ficado com a babá no hotel quando descemos.
Decidimos não economizar naquela noite, com responsabilidade é claro, mas eu queria curtir, me divertir porque o ano estava acabando e o próximo vinha com tudo; tanto na vida profissional quando na pessoal e eu estava mais que pronta para qualquer mudança.
Uma mecha de cabelo se soltou e eu a joguei para trás outra vez, no exato momento em que a mulher se aproximou, pegando no braço do meu namorado, fazendo assim ele sobressaltar no lugar e olhá-la confuso.
O lugar pareceu girar ao meu redor tamanha ira que me dominou.
O ciúmes é algo que amarga e faz sua pele formigar.
Ela sussurrou algo, travei os dentes. Diego pegou sua mão e tirou dele, rebatendo em tom sério ao recuar um passo e se manter distante.
Mas a piranha não se convenceu ou se pôs no maldito lugar.
Eu já estava com umas duas na cabeça, não que isso fosse desculpa, mas se tornou o gás que eu usei para marchar até eles.
Sempre falando a mim mesma para não descer do salto. Sempre me manter em equilíbrio.
Ele me viu primeiro que ela, e eu tive vontade de rir do seu olhar desesperado.
Passei por eles. Peguei uma das bebidas que estavam dispostas no balcão e sorvi de uma vez, olhando a marca do meu batom vermelho que ficou no copo. Assim que me virei, intercalei o olhar para os dois.
- Você demorou, achei que estava com problemas. - Falei em português, estreitando os olhos quando ele abriu a boca.
- Francine...
A mulher que ainda permancia ali me olhou com cara de poucos amigos, medindo-me de cima a baixo e entortando o rosto, fiquei de costas para ela.
Ouvi um pigarreio. Virei-me.
- Posso ajudá-la em alguma coisa? - Perguntei em inglês, o tom debochado ficando em evidência - Quem sabe um pouco de amor próprio e senso de ridículo - Passei a língua nos lábios e ri baixo.
Encostei em Diego, tendo seu braço em minha cintura. Logo passei minhas unhas em seu pescoço e vi quando se arrepiou inteiro.
Me voltei para ela, piscando repetidas vezes e sorri sem realmente querer fazer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]
RomanceLIVRO TRÊS DA SÉRIE OUSADAS GG Diego & Francine CONTEÚDO ADULTO! Em uma noite de bebedeira eu fui parar no quarto da cobertura de Diego Fontura; um negro lindo e gentil, dono de uma boate no centro de São Paulo. Acordando desorientada e sem saber pr...