Capítulo 22

3.8K 689 180
                                    

Eu amo o fato de vocês serem pacientes *contêm irônia

Kkkkkk


DIEGO

Que semana dos infernos aquela estava sendo.

Encostei a cabeça na parede fria do banheiro e me concentrei na água, demasiadamente, quente caindo sobre minhas costas, queimando minha pele e, esperava eu, amenizando os nervos tensos.

Meu corpo inteiro doía devido ao fato de não ter domido muito bem nas últimas noites.

Dois dias antes tivemos mais uma reunião com Ethan Lennox e por fim decidimos nos juntar. Eu queria abrir outra boate no Rio e ele apareceu no momento certo.

Então toda a papelada estava me dando uma maldita dor de cabeça.

A única coisa que me deixava tranquilo e, consequentemente, menos tenso, era o fato de Denise ter aceitado a escolta. Precisei entrar em contato com uns amigos policiais e pedir informações sobre o homem para saber então que ele ,de fato, já estava nas ruas novamente.

Denise vacilou quando lhe mostrei. A pele negra ficando levemente pálida ao se dar conta do perigo. Notei que tentou esconder mas ela reconheceu que precisava, só até vermos o que faríamos enquanto isso.

Minha mente se voltou para Francine. Acabei por abrir um sorriso ao lembrar que ela desligou na minha cara quando não soube reagir às minhas palavras.

Apesar de ter mudado comido, ter pedido a timidez. A conheço para saber que não suporta muitas palavras, intensidade, que no fundo sua mente só processa ao ponto dela revidar meia dúzia de palavras e, quando ultrapassa, seu modo contido, tímido e acanhado sobresai, voltando a dar as caras.

E eu amo isso nela, é algo dela, já notei.

Ao terminar, enrolei a toalha na cintura e saí do banheiro, indo direto para a aérea no qual eu pedi para instalarem alguns armários.

Então troquei de roupa e pus a outra dentro de uma mochila, meu plano inicial era ir para casa.

No entanto, minha mente traiçoeira não parava de recordar o som de sua voz.

"Estou com saudade."

Foi o que dissera minutos antes.

Eu precisava me controlar, caralho! Aquilo não era nada saudável. No entanto eu não conseguia, não suportava mais ficar longe, queria sentir seu cheiro, olhar em seus olhos...

Precisava vê-la, mesmo que corresse o risco dela me botar pra correr.

Eu me manti distante, no entanto deixando claro que estava ali para o que ela precisasse. Eu só não queria invadir de modo que a deixasse constrangida e sem saber se me mandava ou não embora.

Então mandei Leo e pedi que ficasse lá, se hospedasse em uma pousada ou hotel e só viesse com ela no carro.

Ela tinha me dito algo tempos atrás que eu sempre fazia questão de lembrar quando se tratava dela, de modo que me policiava, me refreava afim de ir devagar. Francine uma vez me disse que eu era intenso, e realmente era. Não gostava de imaginar que talvez ela não estivesse preparada para essa intensidade.

Quando me vi, peguei o celular do bolso e estava mandando mensagem para Leo afim de obter o endereço de onde ela estava.

Eu só peguei a carteira e a chave do carro.

Murmurei um foda-se e abri a porta do escritório.

Inferno, ela disse que estava com saudades. Eu apenas estava indo lá por ela, só por ela.

FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora