FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]

Capítulo 27

Amores, desculpem a demora. 😊
E obrigada pelas palavras... Baby já está bem melhor...

Agora vamos, pra terminarmos Fran daqui para o fim do mês... Espero hihihihi

Não esqueçam, votem e comentem muito mesmo.

FRANCINE

— E ai?

Encarei-a e ri baixo, totalmente inacreditada.

— Eu realmente não sei. Não existe. Não que eu saiba pelo menos.

A mulher sentada a minha frente mexeu no óculos e me olhou séria. Eu já esperava uma de suas frases incentivadoras, por isso não escondi a surpresa quando ela falou bem mais que isso.

— Você tem dificuldades em enxergar o melhor de si. Já trabalhamos nisso mas tem algo que a deixa de olhos fechados, impossibilitando de ver. Preciso que me conte Francine, para que eu possa te ajudar, para que você se encontre — anotou algo na parte daquele caderno que ela mantia separado apenas para mim. — O abandono do seu pai, o modo relapso com o qual fora criada por sua mãe e a relação com seu irmão. Eles foram moldando-a, moldando a sua cabeça, o seu modo de pensar... O casamento... — disse e eu apenas ouvia, ela nunca tinha entrado em todos esses assuntos juntos, não de modo tão direto — Essa não é você, essa é alguém que eles esculpiram. A pergunta aqui é: você irá aceitar?

Não demorei a respondê-la.

— Não. Não sou nada deles e não os darei o privilégio de ver que acabaram comigo.

— Você não se deixou ser acabada. — Franzi a testa em confusão. Eu estava acabada sim — Não entende? Apesar do que eles fizeram, você e apenas você se manteve forte, conseguiu sair de lá, teve força o suficiente...  — riu — Se tem algo que pode colocar na listas de coisas que já fez e se orgulha é isso ai: eu fui forte, me manti de pé mesmo quando as circunstâncias mostraram que era impossível. Fui resiliente...

Mordi o lábio tentando controlar minhas emoções e ela se calou.

— Mas eu não estou aqui para te falar o óbvio e sim ajudá-la a ver, a descobrir se você quiser.

— Eu quero. É o que eu mais quero. Deixei muita coisa para trás afim de vim atrás de cura.

— Eu sei. E me orgulho por isso. — tirou os óculos — Quando você decidiu que precisava de um profissional, que precisava de ajuda, não sei se sabe, mas deu o primeiro passo e o mais importante.

Eu sabia sim. E me orgulhava disso. Eu enfim havia encontrado o meu vestido como Heloísa disse aquela vez.

A percepção fez com que meus lábios se esticassem em um sorriso de entendimento.

Ela pediu para que eu listasse cinco conquistas que obtive em toda a minha vida, no qual fiquei orgulhosa de mim mesma.

E eu estava olhando para o lado errado, na direção contrária. Por isso não encontrava nada, achava que eu jamais tinha feito nada.

Para nós, o que parece ser pequeno, na verdade, é algo gigantesco.

Coisa mínima como sorrir pela primeira vez ao se olhar no espelho...

Gostar de algo que fez por conta própria, sem esperar aprovação de terceiros...

Comecei a fazer minha pequena lista, que logo logo ficaria enorme.

Sim, porque eu não tinha idéia, mas havia com consquitado bastante coisa.

A minha primeira conquista foi conseguir sair da casa da minha mãe.