Na noite de sexta-feira, Athena começou a latir ao ouvir um táxi parando na entrada. Mandei que se calasse e olhei pela janela.
— Pronta para ver a Mi?
Ela tombou a cabeça de lado e ganiu. Levei os pratos do jantar para a mesa e saí para receber Mi.
Abri a porta e a vi subir a escada. Ela vestia um grosso suéter marrom que combinava com o castanho de seus olhos. Seu olhar se fixou no meu e sorri. Ela recebera a rosa? Diria alguma coisa a respeito disso? Provavelmente não. Mas eu queria tanto saber o que ela achou.
— Feliz sexta-feira, Hermione.
Seus olhos se iluminaram de excitação. Um bom sinal, certamente. Levei-a para dentro e lhe ofereci uma cadeira. Esta era a hora dela. Sua hora de relaxar no fim de semana, de verbalizar suas preocupações, fazer qualquer pergunta.
Ela não disse nada, mas de vez em quando seus olhos iam a um lugar distante. O que eu não daria para saber o que se passava dentro daquela linda cabecinha. Talvez um dia eu perguntasse o que ela estava pensando. Mas, esta noite, era hora de subir.
Eu odiava pensar que o primeiro gosto de um espancamento para Mi tenha sido por punição. No início da semana, pensei em como ela tinha desfrutado inteiramente do chicote de equitação. Eu sabia que precisava espancá-la novamente. Desta vez, por prazer — os travesseiros já estavam em minha cama.
— Como está se sentindo hoje? — Ela levaria a pergunta de duas maneiras: suporia que eu perguntava do acidente, ou que me referia à declaração que dei na quarta, de que nesta noite ela ainda estaria dolorida.
— Dolorida em todos os lugares certos.
— Hermione — emendei com uma falsa surpresa. — Foi uma menina má esta semana?
Ela piscou, confusa. Olhei-a sem vacilar.
— Sabe o que acontece com as meninas más, não sabe?
Diante da negativa de Mi, esclareci:
— Elas são espancadas.
O medo toldava suas feições.
— Mas eu fiz ioga, dormi e caminhei em vez de correr, exatamente como mandou. — Ela parou de falar e mordeu o lábio. Droga, é claro que Mi tinha medo, por isso que era tão importante.
— Hermione — interrompi no tom mais tranquilizador possível. — Quantos tipos de espancamento existem?
Ela não respondeu. Continuou a me olhar com uma expressão confusa.
— Três — respondi à minha própria pergunta, querendo que ela entendesse minha lógica. — Qual era o primeiro?
Vamos lá, Mi. Lembre-se para mim. Soube o segundo em que ela se lembrou da palavra erótico porque seus olhos se iluminaram de expectativa, substituindo o medo e a confusão. Ah, sim. Isto seria divertido.
— Leve sua bunda lá para cima.
Ela disparou para fora da mesa. Tirei os pratos da mesa e os coloquei no lava-louças. Como Athena já havia saído antes do jantar, permiti que ela me seguisse para o andar de cima, deixando-a na frente de meu quarto e fechando a porta ao entrar.
Mi estava nua ao lado da cama, esperando por mim. Suas mãos estavam ao lado do corpo e notei um leve tremor percorrendo seu corpo. Novamente, sua obediência me assombrava. Eu esperava por isso, é claro, mas de algum modo, vindo dela, sempre significava mais. Abri a camisa.
— De bruços, sobre os travesseiros.
Travesseiros esta noite. Nada de cavalete. Nenhuma de nós estava pronta para trazê-lo novamente, por ora.
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A Dominatrix - Pansmione | Parte 2/3
FanfictionHistória BDSM, +18. FINALIZADA. REVISADA. Pansy Parkinson é uma mulher poderosa. Dona das Parkinson Industries, é rica, bem-sucedida e respeitada. Tanto poder se estende também a outras áreas de sua vida: entre quatro paredes ele é uma dominatrix...