Algumas taças de vinho

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A conversa continuou enquanto eu passava a mão sob a mesa e roçava no joelho de Mi. Acariciava. Afagava. Provocava.

— Mi — disse Narcissa —, eu pretendia te convidar para almoçar. Nesta semana não posso. Quarta-feira que vem é bom para você?

Continuei afagando seu joelho, interessada em sua resposta.

— Quarta-feira não é um bom dia para mim — respondeu ela. — Temos uma patrona que vai toda quarta ver a Coleção de Livros Raros... E não deixamos os pesquisadores desacompanhados, então terei de estar com ela.

Eu quase ri. Minha tia suspirou.

— Isto deve ser meio cansativo, mas acho que o trabalho com o público é assim mesmo.

— Eu não me importo — declarou Mi. — É estimulante conhecer alguém tão dedicada.

Desci mais a mão por seu joelho. Ela pensou que eu tinha acabado? Estava louca para mostrar o quanto eu podia ser dedicada.

— Que tal na quinta-feira? — insistiu Cissa. — Ela não vai às quintas, não é?

Meu coração deu um salto ao saber que minha tia queria sair com Mi. Alegrei-me com a aceitação de minha família.

— Na quinta será ótimo — confirmou Mi.

— Então está marcado. — Cissa sorriu para mim.

Passei a mão por baixo da mesa e afaguei de novo o joelho de Mi. Blaise me fez uma pergunta sobre as eleições locais iminentes. Ele sabia que eu não conseguia sustentar um debate político. Mas não me importei, mantive a atenção de todos distraída de onde estava minha mão esquerda.

“Você é minha”, eu disse a ela com os dedos. “Mesmo nesta mesa. Posso fazer o que eu quiser.”

E ela deixou. Passei o pão a Harry. Não dava para considerar seu comportamento caloroso comigo, nem forçando, mas ele não estava tão frio quanto no hospital. Talvez um dia fique tudo bem.

Baixei a mão a meu colo e me aproximei mais de Mi, desta vez trabalhando em sua coxa. Só para lembrar a ela. Rony me fez uma pergunta e peguei os talheres quando respondi. Queria lembrar a Mi de não chamar a atenção para si.

O que fazíamos ficava entre nós. Aos olhos de minha família, éramos só outro casal jantando. Mas por baixo da mesa...

Estendi a mão para tocar seu joelho de novo, mas suas pernas estavam cruzadas. Não podia ser assim. Empurrei sua perna de cima e ela me abriu os joelhos. Muito melhor.

Subi um pouquinho mais, levantando a bainha de sua saia, e voltei a comer minha salada.

Olhei pela mesa: Harry ria de alguma coisa dita por Draco; Narcissa falava com Ronald. Deixei que minha mente vagasse para meus planos para o restante da noite. Eu tinha deixado instruções ao hotel...  

Mi engasgou e me trouxe de volta ao presente. Dei alguns tapinhas em suas costas.

—Está bem?

— Sim — respondeu ela, com a cara ruborizada de constrangimento. — Desculpe.

— Sabe de uma coisa — disse Blaise do outro lado da mesa. — Não devia dar um tapa nas costas das pessoas quando elas engasgam. Pode ser perigoso.

— Obrigado, Dr. Zabini — agradeci.

— Só estou tentando ajudar.

— Da próxima vez não tente.

Ele me abriu um sorriso implicante.

— Que graça tem isso?

O garçom tirou nossos pratos. A taça de Mi estava vazia, então lhe servi um pouco mais de vinho. Eu queria que ela ficasse inteiramente relaxada.

A Dominatrix - Pansmione | Parte 2/3Onde histórias criam vida. Descubra agora