Perséfone Martin, uma tríbrida de imenso poder, é filha de dois híbridos e irmã de um Herege, formando uma combinação poderosa e inédita. Os irmãos Martin personificam a superação das limitações naturais, com Perséfone representando o ápice do poder...
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Dormida por eras, mais de novecentos anos, Nas trevas, nos silêncios de mundos distantes, Acordei num século que desconhece a dor, Mas em mim, as cicatrizes, incuráveis, gritantes.
Imortalidade é um eco que não cessa, Uma promessa de vida sem fim, sem destino, Mas cada suspiro que dou não tem pressa, Pois o tempo para mim é um lento desatino.
Os séculos passaram e eu permaneci, Testemunha de eras, de impérios ao chão, Mas as cicatrizes, invisíveis a si, Marcam minha alma, como chumbo em vão.
Despertei no novo mundo, século dezenove, Mas o que mudou? O que agora me move? Se a dor ainda vive, gravada na pele, O fardo imortal em mim nunca se expele.
A vida sem fim, será um dom ou maldição? Questiono, perdida, sem rumo, sem paz. A imortalidade foi escolha ou prisão? Talvez seja a morte quem a verdade traz.
