[ 30 / 04 / 2018 ]
Quinta-feira, 15:30 da tarde.Casa dos Jeon.
Eu estou tremendo enquanto procuro por possíveis provas em papeis comprometedores.
Eu sei lá o que estamos procurando, só sei que meu aborrecimento e desconfiança provoca stress, e esse stress acumula em minha cabeça, não me deixando pensar decentemente. Isso chama-se estupidez.
"Eu confio nele". Tá bom, e por que ando bisbilhotando nas coisas dele?
Hipócrita, é isso que sou.
Meu pai é o cara mais centrado que conheço, sei de suas falas, sei o que ele faria em certas situações, e sei também, que se souber de nossas desconfianças, ele provavelmente irá rir e dizer:
— Você acha que alguma outra mulher é melhor que a tua mãe? Eu amo aquela mulher!
No entanto, os últimos meses ( anos ), ele tem-se mostrado muito distante, minha mãe mal recebe atenção, e anda entrando em casa com bolsas cheias de caixas estranhas. Ele não deixa ninguém saber o que é, e talvez eu encontre-as por aqui.
Até agora, nada.
E honestamente, espero não encontrar nada. Claro, eu não quero que minha família entre em colapso. E, mesmo se encontrar - duvidando firmemente -, o que faço em seguida? Entrego-o a minha mãe? Ela não merece traição. Ou simplesmente coloco-o contra a parede até que ele mesmo confesse tudo à Hyuna?
Desde quando minha vida deu uma volta tão... inesperada? No passado, a única coisa com qual preocupava-me era se as cores nos meus desenhos combinavam, ou se deveria pintar as paredes de meu quarto mesmo sabendo que minha mãe ficaria irritada.
Ou preocupar-me com a roupa branca suja de terra e tentar lavá-la na máquina - quase explodindo a casa, mas tentando -, para que meus pais não percebam o desastre. Lembro de usar uma cadeira para alcançar o troço, de ter gastado metade do detergente líquido com cheiro de pêssegos. Eles desconfiaram, mas nada disseram, quando encontraram a casa com forte cheiro de fruta, e eu sentado no sofá como se nada tivesse acontecido.
Essas eram minhas preocupações, não procurar provas de que meu pai anda vendo outra mulher, traindo minha mãe depois de anos juntos.
De repente, enquanto procurava por algo no armário do lado de meu pai, encontrando roupas bem alisadas e sapatos bem limpos, logo no fundo - ao lado de algumas botas de combate e produtos íntimos -, meus olhos caem em uma caixa branca pequena.
Imediatamente pego-a, sentando-me no chão de qualquer jeito.
— Encontrou algo? — a voz faz-me lembrar que não estou sozinho, Hoseok aproximam-se, apoiando-se nos calcanhares e os cotovelos apoiados nos joelhos. — Hm, juicy...
Ignoro seu tom desconfiado, apenas abrindo a caixa de uma vez. Meus olhos abrem-se em choque. Inúmeros frascos de remédios. Além de um papel, bem dobrado e pequeno.
Hiperventilando eu apenas presto atenção no papel, até porque os remédios podem ser para dores de cabeça ou algo assim, sentindo a respiração tensa de Hoseok ao meu lado.
Com isso, fecho a caixa, lembrando-me de sua situação. Então, ele ri suavemente.
— JungKook, eu não estou tão péssimo assim — e diz, ao que tento controlar minha respiração acelerada. — O que tem aí?

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Epiphany | Jjk/pjm
Fanfiction• Em 2018, blue city, dois garotos com paixões diferentes se conhecem. O das cores vibrantes, das tardes em tons laranjas, e das manhãs de céu ensolarado. Os dois completam as duas fases. O garoto dos cabelos loiros, sempre atrasado, usando sua p...