Capitulo 9

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Cruz credo sair daquela fortaleza é dificil para caramba. Tem câmaras por todo lado, novas espécies e seguranças a ir e vir e por fim a cereja no topo do bolo, o muro. Mas em contra partida, sair do hospital foi pior se o meu objetivo era não ser vista.

Já fugi de varios hospitais mas este foi o meu maior desafio.

Primeiro não podia desregular a minha respiração e segundo sair daquela sala era uma batalha. Parece que todos os medicos sabiam quem eu era então a minha cara já estava mais que decorada e segundo o meu cheiro todos eles conheciam os cheiros de todos e adivinhem só o meu era desconhecido entre eles. Remédio? Peguei uma bata já usada por outro para tentar disfarçar e andei por corredores vazios mudando varias vezes o trajeto para enfim chegar a saída.

Ó rapaz nunca andei tanto em direçao a um rumo mudando-o varias vezes.

De seguida tinha que despistar todos os outros e mais as câmaras. Bata branca imposivel é um chamariz perfeito para me incriminar então descarteia e segui pelos cantos mais escuros o mais silenciosamente possível.

Quando por fim encontro o meu final feliz ou a minha turtura como quiserem lhe chamar. O muro com quatro metros, sim eu disse bem quatro metros, como é que eu estando ferida conseguiria atravessa-lo?

Eu andei este tempo todo sem ser notada para chegar ao meu empecilho, possível solução voltar para trás e obriga-los a abrir o portão.

Ou então desistir.

Mas eu sendo eu obvio que não fiz isso, não posso de me dar ao luxo de virar as costas a um problema ou seja vou encara-lo de frente e resolver. Uma ideia, tenho que ter uma bela e genial ideia. Estamos a falar de uma pessoa ferida e quatro metros.

Mais à frente numa casa tem uma corda ao lado de material para se fazer um baloiço. Vou estragar a diversão a alguém mas terá de ser. Agarro a corda e atiro por cima de um galho de uma arvore proxima e amarro de forma firme e segura mas que fosse facil de sair, com muito esforço forcei a perdra a subir e pousei-a num patamar da arvore dando me tempo para a amarrar a cinta. Dei um puxão e fui levantada. Já no topo do ramo  retirei a corda da pedra e saltei para o muro.

Que dor acho que me parti mais um bocado.

Levantei me pois nao iria pedir ajuda. Sou uma mulher forte e independente ou é isso que gosto de me dizer e novamente com a corda deslizei pelo muro. Dificil depois foi retirar a corda da pedra para apagar rastos mas deu.

Segui em frente mas novamente para encobrir todos os meus rastos tenho que rebolar na linda possa de lama a minha frente. Tuda suja e nojenta é o que me sinto sigo em frente terei que chegar a minha base ainda hoje.

Durante horas segui em frente caminhando é um custo até para respirar mas nem por isso vou desistir. Cheguei a um estacionamento, agradeci aos céus hoje é meu dia de sorte para além do azar. Olhei para todos os lados, sem sinal de pessoas. Forcei uma porta e comecei a tentar fazer o carro pegar. Depois de varias tentativas o meu esforço foi recompensado e saí em direção a estada com o rumo da minha base.

Demorei três horas e para minha completa sorte fui recebida da forma mais calorosa possível.

- Para quem gostar de ser morto é só visitar a própria base que receberá uma arma apontada a cabeça, melhor forma de ser recebida não há.

- Rosa? Passaste pela tempestade e nem sabias? É impossível que tu estejas viva.

Depois de ter uma arma apontada a cabeça ainda sou esmagada no que ela chama de abraço porque para mim aquilo é só esmagar as costelas até retirar a respiração.

-Dina sabes que preciso de respirar não sabes?

-Desculpa mas pensávamos que estavas morta.

-Não, vocês não se livram de mim assim tão fácil. Vaso ruim não quebra. Vou tomar um banho que estou a precisar.

-Realmente nunca te vi tão péssima.

-Obrigada pela parte que me toca. Quem tem amigos assim não precisa de inimigos.

Entro pela porta adentro e encontro todos eles debruçados em bebida.

-Que bonito eu aqui quase a morrer e vocês a comemorar já a minha morte.

Todos eles saltam de susto e alguns até se engasgam.

-ROSA.

-Ei não é preciso gritar estou bem à vossa frente.

-Isso é um novo tratamento à pele ou estas a tentar parecer mais feia?

- Blasfémia para com a minha pessoa. ficam já a saber que fico maravilhosa de qualquer maneira seus otários.

-Nem com milhões o teu ego baixa.

-Não é ego meus queridos é autoestima. Vou mas é tomar um banho já que ninguém sabe apreciar a minha nova aparência seu bando de esfarrapados.

Saí de cabeça erguida, são umas criancinhas mas amo-os como minha família.

Debaixo do chuveiro lavo-me como se não houvesse amanhã. Poderia aproveitar um banho de banheira mas a minha mente é uma traidora, sempre vai parar no Deper.

Como será que ele está? Ele queria tanto ver-me acordar e no fim eu fugi dele sem nenhuma explicação.

Como será que ele reagiu? Só peço que me perdoe, um dia poderei explicar melhor para ele o porque de tudo isto mas até lá continuarei a libertar mais deles até acabar com todos os futuros cadáveres.

Deper - Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora