Capítulo 14

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Quente e fofo é tudo o que eu sinto de conforto mas acrescentando uma bexiga cheia estraga todos os possíveis prazeres. Braços fortes me apertam em direção ao seu corpo por isso com a maior calma e destreza vou-me desenvencilhando do seu aperto. Quando me vejo livre vou quase que a correr em direção a casa de banho fazer as minhas necessidades fisiológicas. Dou-me por satisfeita e regresso ao quarto observando a bela figura deitada ocupando o espaço todo da cama agarrado a minha almofada com a cabeça enterrada nela.

Esta na hora depois de tanto tempo mais alguém irá saber da minha historia de tudo o que passei por causa da maldade daqueles desgraçados mas eles vão pagar lá isso eu garantirei que irão sofrer em dobro o que me fizeram.

Deito novamente e fico a passar a mão nos seus cabelos continuo durante algum tempo a fazer carinho. Por mais que Deper continue de olhos fechados sei que esta acordado, a sentir todo o carinho que lhe proporciono. De repente os seus braços agarram a minha cintura e quando dou por mim ele esta por cima com a cabeça encostada na curva do meu pescoço, então decido que esta na hora de começar. Não teria coragem de lhe contar se estivesse a me olhar na cara.

- Quando era mais nova a minha vida já estava complicada. O meu pai é um assassino de aluguer, dos melhores, mas sendo dos melhores também tem os melhores rivais ou inimigos. Era um trabalho complicado naquele dia, ele tinha estudado bem o seu alvo, um traficante sexual de mulheres e crianças com uma rede enorme, o que estragava muito o mercado a um mafioso com as suas boates então o seu destino já estava marcado. Data e hora da sua morte já estava decidido só faltava executar. Nesse dia ele sai de casa para concluir o trabalho mas o que ele não contava era o que tinham traído então enquanto o meu pai estava a fazer o seu serviço outro assassino entrou pela porta a dentro e matou a minha mãe e eu não foi de vela também porque a arma encravou e ele teve que sair as pressas pela janela pois meu pai já estava em casa. Nesse dia estava demasiado doente e ele pensou que já estava morta então deixou-me a beira de um caixote do lixo. Um cão encontrou-me e arrastou-me até uma casa depois daí foi para a adoção. Salva por uma doença quem diria.

Falo com sarcasmo e sinto Deper apertar mais a minha cintura e enterrar ainda mais a seu nariz no meu pescoço, continuo com os carinhos enquanto dou continuidade a historia.

-Adotada aos 3 anos por uma família a qual só a minha doce mae me queria, já o marido era do pior que poderia haver. Num dia enquanto a minha mae foi as compras deixando-me a pintar aos cuidados do marido. Ela saiu de casa e ele veio ter comigo ao quarto e com a mente totalmente preversa iria me violar a minha sorte foi eu ter um lápis de cor na mao ao qual enfiei no seu olho por ele me estar a causar dor. Quando me defendi ele começou a gritar e o visinho ao ouvir todo aquele aparato entrou dentro de casa e deparou-se com aquela cena ele foi emediatamente assistido e de seguida preso. Passado uma semana foi morto na prisão. Retiraram-me dos braços de minha mae por achar não ter competências para me educar por isso voltei novamente para a adoção. Varias famílias me adotaram, foram umas quatro mas nunca consegui me adaptar por isso fui para uma adoção diferente. Aquilo era um inferno saia-se de manha e tentava-se viver até a noite naquele bairro. Eu por sorte passei sempre despercebida até que um dia um carro passou em alta velocidade pronto para atropelar um menino eu não perdi tempo e emporreio da frente do carro nunca tinha estado numa situação com tanta adrenalina como aquela. O carro estava a dar a volta por isso agarreio pela mao e começamos a correr por caminhos em que não poderia passar para o despistar. Um tiroteio iniciou-se e o carro fugiu. O dono do bairro veio em nossa direção e abraçou o menino. Nesse momento soube que ele era seu filho, eu tinha acabado de salvar o filho do dono do bairro.

Cada vez mais sentia Deper apertar a minha cintura, parece que alguém aqui não esta a gostar muito do meu passado.

-A partir desse dia as coisas melhoraram muito, eu recebi a proteção do dono do bairro e poderia ir para o ringue de box que havia lá. Eu não sabia lutar mas de uma coisa que era realmente boa era em aguentar as surras que levava então comecei a tentar lutar com homens com o triplo do meu tamanho e com muita mais força a aposta de todos os dias era de quem conseguia me deitar ao chão de vez em menos de um minuto. Eu ia ao chão mais vezes do que poderia contar mas eu precistia e aguentava isso significava ganhar mais dinheiro ou seja sobreviver naquele bairro até que um dia o exercito passou por lá para recrutar pessoas então eles viram do que eu aguentava e como já lutava com pessoas bem maiores do que eu, mesmo sendo menor de idade eu entrei para o programa. O exercito não queria soldados eles queriam assassinos. Havendo um programa so de pessoas sós neste mundo, alguém que se morre-se não faria falta para alguém eles colocaram-me nesse programa. Treinei dias seguidos até a exaustão houve vezes que pensei que não iria aguentar, das duas uma ou sairia de lá uma assassina ou era assassinada pois mesmo que desiste-se não teria a minha vida o programa era secreto não haveria espaço para algo menos que o governo queria.

Um rosnado foi sentido no meu pescoço, ah meu querido Deper agora é só ladeira abaixo.

-Consegui passar nas provas e aos 16 anos era uma assassina experiente do estado, mas não conseguia ser como eles demasiado frios eu tinha que pesquisar o porque da morte daquela pessoa, eu sabia disso e eles também então eu só recebia trabalhos que envolviam a cabeça da pior espécie que poderia haver de humanos. Psicopatas, sociopatas, serial killer e principalmente violadores esses eu não tinha pena nenhuma de os matar.

-Estive um ano ao serviço do estado até eles pensarem que já não tinha mais utilidade nenhuma então não se podia esperdiçar milhões de uma arma só com um tiro na testa e aí o pior veio. Fui drogada e amarrada, levaram-me para um laboratório exatamente igual ao teu. Aí tornei-me a experiencia 01 a primeira com mais idade que o essencial. Todos vocês entraram quando ainda eram bebês eu já tinha 17 anos no lombo.

-Fui sobmetida a todas as experiencias e mais algumas as dores eram horríveis. Sentia o meu corpo a mudar por dentro mas por fora continuava igual o que lhes dava mais raiva pois pensavam que nada estava a funcionar mal sabiam eles que aquilo estava a dar direitinho. Quanto mais irritados ficavam mais me torturavam e no final conheci o poço. Aí sim soube o que era realmente tortura. Todos vocês foram torturados mas poucos sabiam o que era o poço. Não vou comentar como era mas o que realmente passei lá traumatizou-me para o resto da vida. Mas mesmo que aquele lugar tenha sido o pior para o meu psicológico também foi o que me levou a liberdade. Houve um erro e com isso na transição consegui começar a matar todos os que me apareciam. Cortei a eletricidade e as celas abriram-se todas fazendo com que o resto sai-se em liberdade o se junta-se a carnificina. No final liguei para Homeland que foi resgata-los e segui o meu caminho com um objetivo em mente todos os laboratórios e os políticos que estiverem envolvidos estarão atrás das grades ou mortos.

-E aqui cheguei a este ponto quase na reta final da minha vingança. Antes era só acabar com todos eles mas agora tenho-te a ti depois de tudo tenho algo para finalmente chamar de meu se assim o quiseres. Se me aceitares da maneira que sou com todos os meus defeitos eu voltarei para ti.

Deper força-me a olhar para cima fazendo-me encontrar um olhar de amor e compaixão o que me fez quebrar lentamente por dentro trazendo agua aos olhos.

-Sempre estarei aqui para te receber nos meus braços. Quando me salvaste pensei que não poderia ter melhor coisa mas depois levaste um tiro bem a minha frente e desapareceste sem deixar rasto algum. Aí foi como se me tivessem arrancado algum pedaço de mim. Todos os resgates que fazia era com a intenção de te encontrar mas a única coisa que tinha era o teu cheiro espalhado pelo lugar. Agora que estas nos meus braços te garanto que nunca mais sairás deles. Tu és minha com eu sou teu.

Tenho assim os meus lábios esmagados pelos dele saboreando o sabor um do outro, apreciando o momento que sabemos ser contado.

-Bem temos que ir quanto mais depressa acabar mais depressa voltamos.

Passando a mão no meu rosto ele concorda com um simples balançar de cabeça acompanhado de um suspiro resignado.

Levantamos e nos preparamos para o que nos espera este vai ser um longo dia.

Deper - Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora