03 Vamos Jogar?

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Não é um encontro

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Não é um encontro.

Me repeti isso algumas vezes enquanto as luzes passavam por mim.

Eu nunca saí para beber com uma mulher, mas certamente era menos desconcertante do que um encontro. 

Não que eu soubesse muito sobre encontros nos dias de hoje, mas eu me sentia desobrigado a levar algo de presente, afinal eu estava pagando uma aposta e não levando a garota para jantar, mas por alguma razão eu ainda assim me sentia culpado.

Fazia décadas que eu não saía para beber, o que imediatamente me trouxe a imagem da última vez que estive em um bar.

Foi uma noite divertida, até o momento em que as duas mulheres praticamente arrastaram o Bucky para dançar com elas.

As duas, claro. 

Sorri a isso com o canto da boca.

Ele sempre soube como falar com as mulheres. Ele não teria dificuldade em se portar em uma situação como essa, e aposto que Romanoff também não riria dele como ri de mim.

Patético Rogers.

Quando cheguei ao local não tive dificuldade em estacionar.

A iluminação fazia o lugar aconchegante, ainda que fosse um espaço amplo.

Havia muitos universitários, e ainda que não estivesse cheio, alguns locais estavam um tanto barulhentos.

Forcei o boné para baixo mais uma vez ao entrar pela porta, evitando que me reconhecessem.

A parede sul contrastava com o tom pálido do resto do ambiente.

Era toda preta com posters estranhos espalhados, e todos que entravam paravam diante dessa parede admirados, o que imediatamente me fez curioso.

Caminhei em direção a parede. Me vi intrigado com a imagem de um bebe pelado dentro de uma piscina absurdamente funda, quando a voz dela ressoou perto de mim.

- É uma ótima banda. Você deveria ouvir. - seu tom era rouco outra vez.

Virei para trás e vi Natasha sentada em uma mesa rustica de madeira há poucos metros de mim, usando uma blusa vermelha decotada e a uma calça de couro.

Ela se sentava preguiçosamente recostada na parede, com ambas as pernas cruzadas sobre o assento que caberia duas pessoas, indicando o assento do outro lado da mesa para mim enquanto teclava no celular.

-Vou anotar isso – assenti – já é a terceira indicação de música e ainda não sei onde comprar o disco.

Peguei o pequeno caderno que ela havia me dado, e depois de anotar o nome da tal banda levantei os olhos para ela.

Franzi a testa ao perceber o olhar divertido dela para mim enquanto via o seu decote de relance, parecendo puxar os meus olhos. Contive esse impulso quando reparei algo no seu olhar.

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