27 Transe

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Assisti-la dormir estava se tornando um hábito

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Assisti-la dormir estava se tornando um hábito.

Depois de anos agonizando a peça que o destino me pregou com Peggy eu jamais imaginei me sentir assim, sorrindo à toa enquanto a observava usar meu bíceps como travesseiro.

Linda.

Uma beleza rara e letal, que me põe fora de mim mesmo.

Não só pelas horas seguidas de sexo alucinante, me mostrando prazeres completamente impensáveis, mas também pelos pequenos gestos de carinho que ela se esforçava para que eu não percebesse.

Sua forma particular de mostrar que se importava.

Sorrir à toa também se tornou uma rotina, assim como ser irresponsável.

Meu Deus, transamos no meio do ringue - constatei me recriminando.

Encarei o teto processando isso, e como tudo parecia diferente.

Depois de algumas horas estudando russo enquanto ela voltava da "noite das garotas" eu ainda estava longe de entender o que ela dizia.

Isso fazia a idéia de assistir aos vídeos ainda mais intrigante, ainda que estivesse incerto se deveria assistir.

Eu nunca vi sexo explicito antes, e de alguma forma me parecia errado ver as nossas transas sozinho.

Senti suas mãos buscarem a minha cintura, puxando seu corpo mais perto do meu.

Sua respiração aquecia o meu peito, me fazendo sorrir feito bobo mais uma vez.

Ela nunca se agarrou a mim desse jeito.

A lua invadia pelas frestas, fazendo cada traço do seu corpo ainda mais atraente, parcialmente coberto pelo lençol.

Uma iluminação perfeita, destacando cada curva de forma mágica.

Me senti extasiado, observando como um pervertido viciado, trazendo uma antiga paixão à tona.

Algo que já havia sido esquecido no meu mundo de lutas e combates.

Um hábito solitário que me fez procurar mentalmente a antiga caixa vermelha.

Será que está onde eu deixei?

Me esgueirei lentamente da cama para não a acordar, buscando as prateleiras.

Depois de noites seguidas dormindo juntos eu praticamente não usava mais roupas para dormir, me fazendo ainda estranhar caminhar nu pelo quarto.

Observei as prateleiras com cuidado, e ela estava lá.

A antiga caixa vermelha de couro, pouco maior que o caderno que ela abrigava.

Estava exatamente onde eu a deixava no antigo apartamento, me fazendo sorrir a mais esse gesto dela.

Até neste detalhe ela reparou.

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