Capítulo 14: La Forza del Destino de Giuseppe Verdi.

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𝟏𝟖 𝐝𝐞 𝐒𝐞𝐭𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟗𝟕.

𝐏𝐎𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐄 𝐕𝐈𝐒𝐓𝐀: 𝐊𝐀𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍𝐄 𝐁𝐔𝐑𝐊𝐄.


— Seu tempo começa agora, Katherina. — Sua voz grossa rosnou. — É melhor correr.

Eu não hesito mais, ao me virar, me afasto da árvore que estava me escondendo me deixando encarar seu rosto uma última vez, a forte mandíbula afirmava a diversão em seu rosto enquanto ele me observava correr, mas não desperdiço meu tempo me importando.

Esse era o Mattheo Riddle que eu conhecia.

Corro desesperadamente pela Floresta Proibida, meu coração batendo tão forte que parece ecoar por entre as árvores retorcidas. Cada passo é uma corrida contra o tempo, minhas pernas pequenas deslizando pelos degraus irregulares do terreno enquanto tento fugir do perigo que me persegue.

Um rangido alto quase me entrega quando agarro o tronco de uma árvore para me equilibrar, o medo e a urgência me consumindo enquanto luto para não ser engolfada pela escuridão ao meu redor. A sensação de náusea se mistura à adrenalina, tornando cada momento uma batalha para manter a compostura.

Dobrando rapidamente à esquerda, corro entre as árvores densas, os passos pesados de Mattheo ecoando como um trovão atrás de mim. Encontro abrigo em um pequeno claro, onde me jogo para dentro com desespero, o som de meus próprios passos abafando meu próprio medo.

Os passos de Mattheo se aproximam, cada som ressoando como um aviso sombrio do perigo iminente. Minhas mãos tremem enquanto abro a porta do armário, o metal rangendo alto em minha agonia, um som que parece cortar a quietude da floresta.

Respiro fundo, forçando-me a parar, enquanto fecho a porta do armário e me encolho no canto mais escuro disponível. Meu coração martela em meu peito, cada batida um lembrete implacável da batalha que está por vir. O pânico ameaça me sufocar.

O som dos passos de Mattheo desaparece na distância, indicando que ele havia me deixado sozinha, pelo menos por enquanto. Respiro fundo, tentando acalmar os batimentos acelerados do meu coração, mas a tensão ainda me consome.

O silêncio da floresta proibida é interrompido por diversos ruídos, mas à medida que o tempo passa, minha respiração começa a desacelerar. Porém, quando a porta do armário é aberta lentamente, meu coração dispara novamente. Com a mão sobre a boca, tento conter qualquer som que possa me trair.

Seu cheiro invade o pequeno espaço conforme ele se aproxima do armário, misturado com couro e uma pitada de fumaça, e algo mais que me faz estremecer. Ele sabe que estou aqui, não há como escapar.

—  Você pode sair agora, querida — Sua voz rouca ecoou pela floresta, enviando arrepios pela minha espinha. Fico imóvel, esperando contra toda esperança que ele esteja apenas especulando. Mas sua próxima frase deixa claro que ele me encontrou: — Eu posso sentir o seu cheiro. — Sua ameaça é como um frio cortante, congelando-me no lugar.

Arrisco uma olhada pelo canto do armário e vejo-o parado na entrada, não me encarando diretamente, mas sua presença é opressiva.

— Você tem dez segundos antes que eu te arraste para fora. — Ele ameaça, dando um passo para trás.

Não tenho escolha senão correr. Passo por ele em direção à mata selvagem, ignorando seu riso cruel enquanto fujo pela direção oeste. Desesperada, desejando que essa seja a única saída possível.

Corro pelas moitas grossas e tento saltar sobre pedrugolhos que caminhavam em direção ao lago negro, a respiração irregular ecoando no silêncio da noite. Tento olhar para trás para ver se Mattheo ainda está atrás de mim, mas logo sou atingida por algo sólido.

O último verão de nossas vidas - Mattheo Riddle.Onde histórias criam vida. Descubra agora