cap sete

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Em uma manhã numa sexta-feira, tomando café sozinha que não é nenhuma novidade já que os meninos desta casa saíram e me deixou sozinha. Essa casa é meio sem graça, tem alguns quartos ou outra coisa tá com as portas trancadas, deve ser muito importante certo?!
Desde que João me trouxe, era quarta-feira então tem três dias que to aqui presa já que os "seguranças" não me deixa sair, vou aproveitar que to sozinha, vou fuçar alguma coisa pra fazer, limpou as mãos e se levantou meio dificuldade por conta da bota, não sente a dor como antes mais tinha que usar até completar 3 semanas mais provavelmente vou tirar antes. Cansada, subiu nas escadas com maior dificuldade segurando pela barra, respirou fundo ao chegar no topo, tentou abrir as portas mais todas estão trancadas, tem alguma coisa que não quer se revelada, eu sinto isso. Foi ao quarto onde está dormindo, procurou o seu celular e achou em cima da pia carregado que um dos meninos emprestaram, desceu novamente e deitou no sofá na maior tranquilidade. Ligou seu celular e um monte de mensagens e abriu da sua mãe.

Mãe >3

Oi minha filha, tá tudo bem né? Sei que está passando uns dias fora, ainda mais faltando as aulas mas é pro seu bem, a Duda me ligou e me disse que ia ficar na casa de uma prima dela no meio do mato e eu literalmente achei bem estranho mais confio em você! E deixou a pobrezinha sozinha aqui. Se cuida!

(merda, tinha esquecido que Ana Ju está aqui)

Oi mãe, to bem e você? Pode ficar tranquila que to ótima aqui nesta casa, elas estão me cuidando bem. Ah, fala com Ana Ju que amanhã ou hoje à noite, vou estar ao lado até ela se acostumar a cidade. Beijos, e manda pro Theo também 😁

- Sophia, vamos? - Davi assusta a garota

- Que susto cacete! - largou o celular e pôs a mão no coração

- Foi mal... - riu

- Que porra Davi, te pedi pra fazer aquela merda já tem um tempo. É preguiçoso mais é um ótimo cara por isso não irei te matar mais porra. - reclamou Igor entrando na sala

- Que trabalho bro? - disse numa calmaria

- Que trabalho bro? - imitou revirando os olhos. - Além de ser preguiçoso mais é péssimo das memórias, meu Deus! Aquele trabalho de trazer as caixas pra cá. Está no meu apartamento e sabe o perigo de ficar lá, chama dois homens e trazem pra hoje. Depois leva essa menina embora. Agora faça aquela merda. - gritou ríspido e Davi saiu logo pois não queria ouvir mais grito

- Não precisava gritar senhor Igor. - irônica

- Só não te mato porque tem barra limpa então não me estressa que hoje to por aqui vadia. - subiu pro seu escritório e Sophia não ia deixar isso claro e subiu atrás dele, entrou antes a porta ser fechada

- Como que é? Eu? Vadia? - perguntou cruzou os braços. - Mais respeito com as mulheres seu babaca!

- E você não manda aqui e nem foi convidada pra entrar. - sentou-se olhando pela janela

- Pois eu mesma me convidei. - deu de ombros ainda parada no mesmo lugar

- E você acha que manda? Ah? Me poupe garota!- cerrou os dentes com força

- Então por que me deixou ficar aqui? - franziu a testa

- Posso ser possessivo mais não deixo as pessoas na rua sem nada. Pelo menos me agradeça por deixar um lar pra passar uns dias fora que inclusive acho isso muito estranho. - virou-se e a garota ainda de braços cruzados. - Por que tá vestindo moletom? Tá calor lá fora garota, te acho tão estranha.

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