Garota Depressiva

cap dezessete

- Jansen, tudo certinho com a entrega! - entrou Sophia interrompendo

- Caralho Valverde! - levantou apressado. - Não sabe bater a porta? - ríspido

- Foi mal, sabia que você era vadia! - riu vendo a Iza deitada semi-nua e o mesmo só de cueca box

- O que você disse pirralha? - perguntou irritada

- Oh, não escutou bem? Posso repetir milhões vez. V-A-D-I-A. - sorriu debochada e saiu batendo a porta com força

Ultimamente sinto raiva do Jansen, puta que pariu... Justamente hoje que to bom humor e pego esse com a Iza? Minha ex melhor amiga e agora somos inimigas, merda, merda, que ódio! Ok, precisa relaxar Sophia, não sei porque to puta com ele sabendo que não presta pra nada não é?! Merda!
Por que tenho que ser fraca na frente dele? Se apaixonar é ótimo mais tenha limites antes que sofra, botar uns chifres da sua cabeça e sua cara feita de palhaçada.

- Sosô, tá bem? - perguntou Any preocupada

- Não, sinceramente não to bem, essa merda é de adolescente. - resmungou, Any a levou pra sua sala bem distante da sala do Igor, é outro lado e entrou a sentando

- O que foi? Não precisa me contar tá?! - sentou em cima da mesa em frente dela

- Sei lá, quando você fica com alguém, e depois sente diferente quando veja ele com a garota diferente?

- Sim, sei muito bem! Já fui traída umas duas vezes com mesmo cara que namorei na época. - deu de ombro

- Ta vendo... Eu fui estuprada por aquele babaca que me seguiu até aqui nesta cidade maravilhosa. - levantou irritada

- Sinto muito por isso! - disse preocupada

- Já passou...

- Tem trauma de... Transar com alguém? - perguntou curiosa

- Muito, é traumatizante! - se jogou no sofá deitando. - Mais se não for a força, talvez não tenho medo mais a imagem não sai da minha cabeça então... - deu de ombro

- Amiga, me fala aqui um negócio... - sentou ao lado dela fazendo cafuné

- Cê veio aqui até me fazer carinho, tá querendo uma coisa não é?

- Não... Ok, queria saber quem é esse garoto hã? Que tá "apaixonada" - diz em aspas

- Já basta. - cortou o assunto. - Não quero me admitir antes que tenha a certeza absoluta. - sorriu forçada

Any riu baixinho enquanto a Sophia pensa ele com a Iza, ainda não tá querendo admitir que tá tendo uma queda por ele. Enquanto as duas ficam deitadas no sofá, Igor manda Iza sair no escritório dele e falou que não pode contar à ninguém o que viu neste lugar. Emburrado sentado, de braços cruzados, pensativo e Pepê vê a situação.

- Que cara é essa bro? - falou alto assustando o Igor

- Não me assusta viado! - diz ríspido

- Ih, que humor em? - revirou os olhos. - Enfim, a Duda tá querendo aprender atirar as armas, então vim pra ver você vai permitir ou só lutas por enquanto?

- Se ela quiser, mais não pode ter medo de atirar nas pessoas, ensina à ela, Sophia, Ana Ju e Juju numa vez. E cuidado do que vai explicar moleque! - avisou

- Entendido chefe. - saiu

- Esse moleque doido. - sussurrou pra si mesmo
(...)

Anoiteceu, os treinos pararam, alguns que trabalham pra limpar está guardando as coisas nas caixas, no depósito. Os meninos cada um no seu canto quieto, mexendo o celular, uns jogando vídeo-game e Sô na cozinha com a Juju fazendo comida e as conversas aleatórias. Uma dela fazendo salada e suco e a outra fazendo comida, fazendo uma receita nova que viu na Internet e como é curiosa e ansiosa pra testar coisas novas, já logo foi no mercado e começou a preparar as coisas em ordem.
Meia hora, colocou a comida dentro no forno aquecido e sentou-se pegando seu celular entediada enquanto espera assar a comida. Quase cochilando, o fogão faz barulho indicando que tá pronto dentro no forno, levantou apressada e abriu sorridente de orelha a orelha e chamou o Davi à gritaria.