CAPÍTULO II - MALUM

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        O bardo aparece no pequeno corredor voltando para o salão aonde as pessoas refugiadas estavam, ele havia saído para averiguar se os vigias lá fora tinham morrido ou se alguma ameaça tinha os encontrado.

        — Como está a situação lá fora bardo? – questionou um senhor, que apesar de sua idade parecia comandar os poucos guerreiro que ali estavam para proteger o grupo de pessoas.

        — Bom... A situação é a mesma, mas os vigias ainda estão vivos e alertas a qualquer aproximação estranha, mas ninguém da ordem foi visto ainda – disse o bardo, a pesar da notícia ruim ele lança um sorriso tranquilizador para o senhor e as pessoas que estavam atrás dele.

        O bardo reconhecia aquele senhor, Era Clarck o antigo comandante do forte Alenor, aquele que ficava na frente do pântano.

        — Mas será que eles vão vir? – um soldado “pensou alto”.

        — Sim meu caro, eles vão vir – respondeu o bardo – a Ordem é a melhor chance de vocês, tanto para sair daqui, quanto para acabar com a extinção humana do reino de Dumbria – finalizou.

        — Ok, Ok... Podemos simplesmente continuar a história? E não ficar falando disso aqui e agora – indagou um homem sinalizando com os olhos para sua filha que estava em seu braços com cara de assustada.

        — Claro que sim, vamos tentar terminar a história antes do resgate chegar – falou o bardo e continuou a história que estava sendo contada enquanto passeava de um lado ao outro do salão.

        “Todos levantaram acampamento devido as ordens de Arthur, o povo entendeu este movimento, pois também estavam ansiosos para chegarem e a caçada ter o seu início tão aguardado. Como uma grande fila todos partiram seguindo o líder da comitiva, o rei ia um pouco mais atrás na fila, nem muito na frente, nem no meio ou no fim, ele achava que essa formação aonde a “coisa mais importante” vai no meio do exército era muito utilizada e todos já esperavam isso, mesmo Dumbria naquela época ser um reino pacífico até então, as estratégias de segurança e proteção nunca foram abandonadas, muito menos o treino constante dos soldados. Arthur dizia que a paz era uma inimiga silenciosa que tira o foco e a força de um reino.”

        “Eles marcharam por longas horas até chegarem em um descampado e avistarem a vila Grudam, que era uma vila abandonada e ficava de frente para a floresta, ela era constantemente visitada por alguns animais que caçavam, e alguns moradores da vila acabavam sendo a caça, principalmente crianças e por isso a vila foi evacuada para a cidade mais próxima.”

        — Vamos ficar na vila neste resto de dia e descansar, amanhã daremos início a tão esperada caçada – informou Arthur e dois batedores dispararam disseminando a informação, um para frente e outro para trás.

        “Arthur pôde ver o olhar de admiração de Caiella que o acompanhava, mesmo a visão da vila estando na frente e a floresta estando ainda a uma boa distância, era possível ver suas gigantescas árvores que subiam aos céus.”

        — Acho que meus olhos nunca viram árvores tão grandes e belas – disse Caiella com admiração.

        — Que bom, amanhã você verá como é o interior da floresta, é mais magnífico ainda estar rodeado das maiores árvores, chega a ser intimidador – respondeu o Rei.

        — Existem muitos animais carnívoros por lá? – ela questionou.

        — Sim... Mas não se preocupa, o seu namorado não deixará que aconteça nada com você – ele disse dando uma risada e olhando para Fhenrir

Crônicas de Dumbria: A Caçada RealOnde histórias criam vida. Descubra agora