Os petiscos chegaram. Eles tinham pedido batata frita, macaxeira frita e bolinha de peixe. Pediram também mais bebidas.
-Eu quero querer um coquetel de frutas. De abacaxi com hortelã. ~Andy~
-Eu também, mas quero de morango. ~Kauê~
-Traz mais uma garrafa de Budweiser. Quem vai querer cerveja? ~Eduardo~
-Eu quero, amigo. ~Milena~
-Você quer beber cerveja? ~S/n~
Falou mais baixo e próximo de Julio. Ele demorou um pouco pra responder.
-Bora. Bebe com a gente. ~Eduardo~
-Isso só umazinha. ~Milena~
-Ok. Eu bebo. ~Julio~
-Um coquetel de frutas sem álcool pra mim. ~Juliana~
-Eu também quero um sem álcool. De morango, né amiga? ~S/n~
-É. ~Juliana~
-Dois de morango sem álcool moço. ~S/n~
O garçom anotou todos os pedidos e saiu. Imediatamente traz as cervejas e 5 minutos depois ele começa a trazer os coquetéis.
-Você quer pedir alguma coisa pra comer? Você quase não tomou café da manhã. ~S/n~
-Agora não, já tem bastante coisa aqui. ~Julio~
-Tá. Mas se você quiser mais alguma coisa, pode pedir. Tá bom? ~S/n~
-Tá bom. ~Julio~
Julio olhou fixamente em seus olhos, colocou a mão na sua coxa e apertou. Em resposta, S/n perdeu o compasso da respiração e umedeceu os lábios. Ele deu um sorriso torto, bem safado. Ela passou a mão pelos cabelos dele, como se fizesse um carinho. Foi até a nuca e deu um leve puxão. Ela viu um lampejo de desejo em seus olhos. Para disfarçar, Julio tomou mais um gole de cerveja. Ao desviar os olhos dele, S/n percebeu que todos na mesa estavam observando a cena dos dois, mas trataram de fazer qualquer outra coisa.
"A gente falava de amor. Que pena que a nossa voz já se calou"
-Eita, que essa merece uma cerveja. ~Milena~
Ela chama o garçom e pede mais duas garrafas.
-Nossa vocês bebem muito. E está cedo ainda. ~Julio~
-Não tem como não beber escutando Marília, ela faz a gente sofrer mesmo sem está sofrendo. ~Eduardo~
-Bora pro mar, gente. ~Juliana~
-Ah eu não vou agora não. ~Eduardo~
-Eu também. ~Milena~
-Não, amiga. Bora. ~Kauê~
-É, cuida. Bora tu também. ~Andy~
-Eu vou. ~Milena~
-Eu vou daqui a pouco. Podem ir. ~Eduardo~
-E vocês vão também? ~Kauê~
-Bora? ~S/n~
-Bora. ~Julio~
Todos começaram a tirar as roupas e ficarem apenas com os biquínis e sungas. Passaram protetor solar uns nos outros. Julio passou protetor nas costas de S/n. Quando chegou no rosto ele demorou bastante para que ela não ficasse com partes de protetor a mostra. Quando terminou deu um selinho rápido nela. Eles foram correndo, menos os dois. De mãos dados, eles foram sem pressa. Julio levantou a mão dela e girou, fazendo ela rodopiar e parar de frente para ele. Seus rostos de aproximaram e eles se beijaram. Um beijo rápido, mas carinhoso. Ao entrarem no mar, fizeram aquela cena clichê. Jogaram água do mar um no outro. O sorriso de ponta a ponta. Com a água já na altura da cintura, eles deixaram a brincadeira de lado e deram as mãos. Ele abraçou ela, como se fosse beijar o topo de sua cabeça, mas pulou e projetou o corpo para o lado. Eles deram uma tainha abraçados. S/n levantou de um pulo, toda molhada e sem fôlego.
-Desculpa, você tá bem? ~Julio~
Ela ficou calada e com a cabeça baixa, esfregando os olhos. Quando ele chegou perto, ela jogou água nele, sorrindo. Julio agarrou ela novamente, mas dessa vez não pulou. Manteve ela ali por alguns segundos. Deslizou as mãos pelas suas costas até sua cintura e puxou ela para si.
-Você tá achando legal? ~S/n~
-O quê? O mar? ~Julio~
-Não. O clima, meus amigos e tal. ~S/n~
-Seus amigos estão muito legais. Nunca vi pessoas tão alegres sem uma ocasião especial. Ou é uma ocasião especial? ~Julio~
-Não é, não. Eles são assim mesmo. Que bom que gostou. ~S/n~
-Você gostou das músicas? Quando a gente voltar, se vocês quiser escolher umas músicas, pode ficar a vontade tá? ~S/n~
-Não, não. Eu gostei. Só não entendi muito na verdade. Não estou acostumado com as músicas brasileiras. Mas eu gostei muito de ver vocês cantando com tanta emoção. ~Julio~
-E então, você vai ficar no Brasil por quantos tempo? ~S/n~
-Duas semana. Consegui essas duas semanas de férias. ~Julio~
-Ah legal. Você já fez um tour pelo Ceará. Pretende visitar outros estados? ~S/n~
É claro que ele vai né? Nem se ilude. Mas na verdade eu tô perguntando só por curiosidade mesmo. Se ele ficasse aqui não ia ter nada a ver comigo mesmo. Ela pensou isso em um segundo.
-Eram os planos. Mas agora eu já não tenho certeza. ~Julio~
Deu um sorriso travesso.
-Ah é? Por quê? ~S/n~
-Comecei a achar tudo muito interessante. ~Julio~
-O quê, exatamente? ~S/n~
-Não sei, talvez uma pessoa. ~Julio~
Falou isso ao se abaixar para beijar seus ombros. Foi subindo para o pescoço. Ela deu um impulso no chão para subir e cruzar as pernas nas suas costas. Nesse momento veio um onda que fez Julio se desequilibrar um pouco. Eles se beijaram. Mas por pouco tempo, pois o desejo já estava tomando de conta deles. Nadaram para descarregar o tesão.
-Você só pergunta de mim, mas não fala de si. Me conta alguma coisa sobre você. ~Julio~
-Ah eu trabalho de promotora de vendas, arrumo os produtos no ponto de venda da empresa que trabalho. Faço faculdade de ciências biológicas. Faço entregas na moto também. E é isso. ~S/n~
-Você trabalha em dois emprego e ainda estuda. Nossa. Isso é o que você faz. Mas se você pudesse escolher, o que você faria? ~Julio~
-Eu queria muito trabalhar com pesquisa e escrever alguns livros, artigos. E você? O que faria se não fosse ator e cantor? ~S/n~
-Eu gosto muito de cantar. Queria fazer carreira na música mesmo. Eu gosto de atuar, mas não tanto quanto gosto de cantar. ~Julio~
-Você está gostando do filme que tá gravando? ~S/n~
-Estou, meu personagem pratica vários esportes radicais. Eu gosto muito. ~Julio~
-Gosta de emoção. Bom saber. ~S/n~
Os minutos passaram rapidamente, sem que se dessem conta.
-Vamos sair um pouquinho? ~S/n~
-Vamos. ~Julio~
A visão de Julio saindo do mar, todo molhado e apenas de sunga, deixou todos na barraca babando. Não podemos negar que ele é gostoso.
-Amiga, vamos pedir logo o almoço? ~Eduardo~
-Vamos pra chegar cedo. ~S/n~
-Dois peixe fritos com baião? ~Eduardo~
-Pede duas porções extras de baião amigo. ~Milena~
-Pede porção de macaxeira também. ~Kauê~
Continuaram bebendo, escutando música e conversando.
-Amiga, vamo ali tirar foto. ~Milena~
-Eu vou também. ~Juliana~
-Amiga! Que tudo, viu. O boy é babado. Além de gostoso é simpático e te trata tão bem. Amiga, tu tinha que ver teu rosto. ~Milena~
-O que tem? ~S/n~
-Tá radiante. Apaixonada total. ~Juliana~
- Verdade. ~Milena~
- Ah gente. Não sei. Mas é tipo um sonho, não posso negar que é. Mas apaixonada eu não sei. ~S/n~
-Tá na cara. ~Juliana~
-Mas gente, não dá certo. Ele só vai ficar aqui por duas semanas. ~S/n~
-Então aproveita. ~Milena~
-AiAi. É como diz o Natanzinho: "Tem gente que quebra a cara sem querer. Eu quebro a cara porque gosto" ~S/n~
-Por um boy desse, eu quebro a cara e nem reclamo depois. ~Juliana~
Eles almoçaram nesse clima animado. Ao som de J. Gomes e Tarcísio do A.
