Capítulo 3 - Mais legal que vídeo game

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Oie!

Estou tão feliz que você estejam gostando da fanfic! Muito obrigada pelo apoio, pessoal!

Gente, sobre as cenas que os personagens rezando no desespero: eu sou católica, por isso sei todo tipo de oração ksksks

Boa leitura!

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Capítulo 3

 Tomioka e Shinobu encaravam a cozinha sem saber o que fazer.

 Sami segurava um guardanapo queimado e sorria sem graça. 

— O que a gente faz? — perguntou Shinobu. Ele deu de ombros. Como nunca cuidaram de crianças, estavam completamente perdidos, ainda mais sabendo que essas crianças, supostamente, são seus filhos.

— Dá tempo de fugir pro interior e nunca mais voltar? 

— Mãe, eu tô com fome. — Disse uma das gêmeas, qual Shinobu nem imaginava qual das duas era. — É a Kou ou a Gou?

— Pai, a gente vai ter que ir pra escola sem café da manhã? — perguntou Kazuo. — Não quero tomar café na escola.

— Calma, a gente vai dar um jeito nisso. — A Kocho caminhou até o fogão, desligando uma das bocas acesas. Olhou para Giyuu pedindo ajuda.

 Shinobu tinha um segredo que agora seria revelado: ela é um desastre na cozinha.

 Nunca contou para ninguém esse segredo, porque se Tomioka soubesse, seria mais um motivo para zoação. E ela não queria, de jeito nenhum, receber provocações por uma coisa que nem teve tempo de aprender.

— Você cozinha. — empurrou Giyuu na direção do fogão. 

— Eu?! Você é a mãe aqui! 

— Para de reclamar e usa essa mão de punheteiro para alguma coisa útil! — as crianças arregalaram os olhos, deixando Shinobu desesperada. — E-Eu... vamos fingir que eu não falei nada! 

— O que é "punheteiro"? — quem perguntou foi Gou, ou Kou, sabe se lá.

— Nada! Tomioka, faz essa comida logo! 

— Não grita comigo, Kocho! — gritou enquanto colocava o avental.

— Por que vocês estão se chamando pelo sobrenome? — Sami estava confusa. — A mãe nem usa o sobrenome Kocho mais.

— Não façam perguntas difíceis. — disse a mulher. Tomioka tentou fazer torradas, mas elas ficaram um pouco queimadas. Enquanto isso, Shinobu se arriscou em faz o suco, mas ficou aguado, sem gosto.

As crianças encaravam os pais totalmente confusos. Geralmente Shinobu dava um show na cozinha enquanto Giyuu arrumava a mesa, ou vestia as pequenas para a escola.

Giyuu estava querendo morrer. Pode ter gostado da sua nova aparência, até porque, antigamente, ele era extremamente magro. Isso era alvo de provocações de Shinobu. Ele não conseguia engordar, nem que comesse o triplo que qualquer pessoa. Era sua genética. Mas agora... uau, ele estava malhado, músculos definidos e sexys. Tinha que admitir que o cabelo longo também lhe caiu bem.

Por outro lado, Shinobu, seguindo as instruções de Sami, foi vestir as gêmeas para a escola. Estava com dificuldade, já que nunca cuidou de crianças. Digo, ela já ajudou Kanae a cuidar de Kanao, a irmã caçula delas, mas isso fazia muito tempo.

Pegou o uniforme das meninas e as ajudou a colocar. Perguntou qual era qual, então a com a pintinha no rosto, a Gou, ficou com o cabelo penteado com duas Marias-chiquinhas. A Kou, com uma pequena trança.

Ao menos vou saber quem é quem agora...

Voltando para a cozinha, Sami já estava de uniforme, assim como Kazuo. Se sentaram para tomar café, mas assim que Shinobu mordeu a torrada, sentiu que seus dentes poderiam se quebrar.

— Essa é a pior torrada que já comi na minha vida! — gritou a mulher. Tomioka ficou uma veia saltada na testa. Então, passou margarina em uma torrada, deu a volta na mesa, e enfiou-a na garganta de Shinobu.

— Tá gostoso agora, vadia?

As crianças arregalaram os olhos.

Shinobu não perdeu tempo, acertou um soco na cara de Tomioka. Pegou uma torrada e empurrou ele no chão, o segurando pela garganta.

— Eu vou enfiar essa torrada no seu cu.

— Mãe?! Pai?!

— Vocês estão loucos?! — Sami separou os dois. — Estão drogados ou coisa do tipo?

— A gente... — Shinobu se lembro que, de algum modo, era mãe das crianças e não poderia agir assim. — A gente tá só brincando! Né, Tomioka... Digo, Giyuu?

— É, amor. — fez uma careta. Se levantaram e começaram a comer como se nada tivesse acontecido. Sami e Kazuo se olharam confusos. Havia algo errado ali e eles descobririam o que era.

Depois de todos prontos para a escola, foram para a garagem, onde se encontravam dois carros.

— Quem vai nos levar pra escola hoje?

— De carro?

— Sim, ué.

— Ela/Ele!

Se olharam irritados. Shinobu puxou Giyuu mais para o lado.

— Você leva eles, Tomioka. — Disse séria.

— Tenho cara de quem sabe dirigir, alecrim dourado?

— Tem cara de quem vai tomar um chute na bunda se não levar essas crianças que, aparentemente, eu pari, para a escola.

— Agora que você tocou no assunto, se temos filhos juntos, então nós dois...

Kocho demorou entender o que ele queria dizer, mas quando entendeu, os dois fizeram cara de nojo.

— Vamos fingir que não sabemos desse detalhe. Mas é sério, Tomioka, quem vai dirigir?

— Acho que deve ser igual a vídeo game. Não pode ser tão difícil. — respirou fundo. Pegou as chaves e entrou no carro com seus filhos.

Assim que deu partida, as crianças começaram a rezar. Giyuu estava dirigindo feito louco, passando no sinal vermelho, não dava seta, quase atropelou um cachorro. E isso foi apenas no começo do percurso.

— Creio em deus pais todo poderosos...

— Reza pai nosso que faz efeito mais rápido. — disse Sami. — Pai nosso que estais no céu...

— Caralho, isso é mais legal que vídeo game! Uhulll! — virava na contramão. O carro parou, parecendo estar sem gasolina.

— A gente vai viver!

O carro voltou a funcionar.

— A gente vai morrer!

— O melhor dia da minha vida!

— Socoroooooooo!

Eu e Ela Onde histórias criam vida. Descubra agora