Anaya Kamil tinha tudo o que considerava essêncial para ser feliz, mas uma tragédia a torna órfã. O destino levará Anaya a conhecer Alexandre Salvatore no campo de refugiados quando ainda ela era menina e ele um médico inexperiente.
Voltam a...
"Esta cela não era o teu destino Quando estavas apaixonada Pala janela e pelo pardais Nos calmos verões de pessegueiros.
O teu destino em Agosto é uma sombra Com um livro pousado nos joelhos da tua infância."
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
Anaya Kamil
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Todos os dias, às noites e às manhãs, quando estava sozinha em qualquer lugar que estivesse, fechava os meus olhos e fazia uma pequena prece, haviam vezes que se estendia e eu acabava meditando. Meditava desde que me conheço como gente, a minha mãe ensinara-me essa arte preciosa de acumular energia e canaliza-la para um específico objectivo.
Já tinha chegado em minha casa faziam trinta minutos, fui para o banheiro tirar o cheiro dele que parecia não querer sair de mim, tinha se impregnado de tal maneira na minha roupa, no meu corpo que eu respirava e sentia o cheiro dele. Céus, estou enlouquecendo, maldição Endicott!! O que mais você quer de mim?? A minha alma?? Uff... Fiquei algum tempo debaixo do chuveiro, a água estava óptima, depois de algum tempo estava de volta ao meu quarto.
Me sentei no tapete com as pernas cruzadas, comecei a focalizar a minha energia para àquilo que eu mais desejava, eu sequer conseguia saber com exatidão o que eu mais desejava... mas de uma coisa tinha a certeza, não queria me tornar refém dos meus próprios sentimentos, então era nisso que eu ia me focar.
Respirei fundo e voltei a fechar os meus olhos, visionalizando o que eu mais almeijava: ser livre de toda culpa que me ia consumindo por não ter feito nada naquele dia fatídico há 12 anos, desejava ser tão livre como era quando no verão em Baga me deitava pelos campos verdes nas margens do rio observava as borbuletas em volta dos campos de girassóis, ou no tempo de frio à noite quando ficavamos todos em volta da fogueira e minha irmã Abidemi ficava cantando e dançando fazendo os meus pais orgulhosos, verdade seja dita, eu desejava ser como ela, tão linda, tão alegre cheia de vida e energia... Era perfeita a minha irmã, tão forte e destemida.
