Prólogo;

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Jonghyun havia terminado de pôr o último instrumento na case, Taemin e Onew estavam prontos, e, no minuto seguinte, Key cruzou a entrada daquela sala onde agora os quatro se encontravam, vestia o sobretudo vermelho destacado junto do lenço com estampas por cima da roupa com um toque mais simples: top branco mangas compridas, finalizando tudo juntamente do jeans escuro e botas de salto pontudo da mesma cor. Ele com certeza não passaria despercebido, Jonghyun pensou.

— Você realmente tem estilo — Disse Taemin, olhando as próprias roupas que pareciam muito comuns naquele momento.

Key sorriu em aprovação ao ouvir o comentário, mas não demorou tanto para fazer uma careta em confusão e dúvida após sentir falta de alguém no exato momento.

— Cadê o Minho? — Questionou.

— Ele... Está chegando. — Comunicou Jonghyun a Key, entrando em conflito por estar duvidando se aquela era a resposta certa, pois ele havia falado com Minho há um bocado de minutos, só não sabia exatamente onde ele estava no mesmo minuto.

— Pergunte a ele onde está! — Fez um gesto mostrando que precisava ter pressa. — Porque não deve nos fazer esperar.

— Vamos ter calma, ainda temos alguns minutos, pode ser que ele logo chegue. — Onew falou pela primeira vez desde que Key entrou no local.

— De metrô seria mais rápido até alcançarmos a praça central, se formos de carro, chegaremos mais tarde. — Suspirou, passando a mão pelos cabelos. — Querem ser os últimos a se apresentar lá com pouca gente ao redor? As pessoas teriam ido embora a essa altura.

— Nós vamos dar conta. — Retrucou Onew. — Conseguiremos chamar a atenção.

Sorriu sem mostrar os dentes enquanto todos mantinham silêncio. Taemin movimentava o pescoço fazendo uma flexão do mesmo, o celular na mão denunciava que poderia ter passado tempo o suficiente olhando para a tela do aparelho, em uma má posição.

Todos ali sabiam que ele ficou ouvindo o que tinham acabado de conversar, provavelmente tenso pela demora e falta de localização de Minho.

— Alô? Minho? — Jonghyun começou a falar mantendo o telefone perto do ouvido, enquanto do outro lado da linha, o que já estava praticamente atrasado, fazia esforço para escutar devido ao barulho em partes ensurdecedor que encontrava-se o ambiente em que estava agora.

— Jonghyun? Eu estou tentando sair daqui, aconteceu um acidente na rua que eu estava vindo com o carro. — Disse em um tom mais alto no meio da sirene de ambulância e outros barulhos, como da buzina de qualquer fosse o veículo ou de pessoas falando; o que não facilitava pra ele.

— Não é possível. — Jonghyun falou após soltar o ar dos pulmões, preocupado com o que havia escutado do outro. — Você acredita que consegue sair daí em até dez minutos? — Perguntou analisando o relógio que em poucos minutos marcaria o horário que, antes, haviam decidido não estar mais ali.

— Talvez eu chegue em vinte... Trinta, trinta minutos. — Respondeu.

— Minho... — Fechou os olhos mantendo a calma que felizmente ainda podia manter. — Tenha cuidado.

— Eu vou.

[...]

Era a noite na qual bandas e cantores solo, dos mais populares aos que menos possuíam uma plateia que os conhecia de cor e salteado, fariam seu show em um lugar público, apenas com o intuito de se divertirem e reunirem pessoas enquanto ouviam cada uma de suas músicas.

Para Onew, Jonghyun, Key, Minho e Taemin, era importante. Teriam a chance de tocar e cantar na frente de mais gente no centro de Seul. Desta vez estariam sendo gravados e apreciados junto de vários artistas que já eram conhecidos. Queriam não só fazerem a música que mais gostavam, mas também olhar os rostos satisfeitos por estarem os ouvindo, trazer os sentimentos mais sinceros e divertidos pra dentro de cada um, como mágica, naquele ambiente.

Porém, Minho ainda estava preso no caminho para a praça central, dentro do carro estacionado há tantos minutos, que pensava em desistir de contar justamente por parecerem tão... Longos e lentos.

— O que se resolveu depois do que aconteceu lá na frente? — Pôs a cabeça um pouco para fora do carro, fazendo gesto para uma mulher que se mantinha perto, indicando que se referia ao acidente naquela rua.

— Aparentemente uma moça foi atropelada. — Respondeu. — Acho que consigo enxergar, estão colocando na maca. — Ela falou enquanto ocupava-se a ficar na ponta dos pés, se mexendo de todo jeito para ver algo a sua frente.

O outro saiu de dentro do veículo para observar a situação mais de perto, acabando por descobrir de longe alguém sendo levada para dentro da ambulância, ela tinha cabelos muito pretos e longos, aparentava também ter um rosto jovem. Todos ali a observavam desacordada, enquanto faziam especulações sobre como o incidente ocorreu.

Minho foi pego de surpresa ao chegar àquela rua, se encontrava um tanto assustado e pensando em como os outros por agora ficariam aflitos. Ele tinha que encontrá-los mais cedo para checarem o que deveriam antes do pequeno show naquela noite, mas, nesse mesmo instante, sua consciência o avisava da hora, e sobre estar ferrado se perdessem a oportunidade, amaldiçoando quem fosse o responsável por aquele momento caótico. À medida que se sentia levemente exausto.








NOTAS DO AUTOR: Começando com esse prólogo que deixa umas coisinhas ainda subentendidas, masss já aviso que vou soltando aos poucos o que é importante, os "porquês", tá?
Ficou com curiosidade sobre o que ainda pode acontecer? Então até o próximo ^^

O amor está fora de questão?Onde histórias criam vida. Descubra agora