Entre a desordem e o imprevisível;

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— Nós conseguimos chegar até lá mas fomos praticamente os últimos a nos apresentar. — Taemin falou, logo que chegaram a frente da casa de Key.

— Tudo bem, ninguém imaginava que fossemos nos atrasar, estava tudo certo antes, mas na hora não saiu como esperávamos. — Key respondeu calmo, ele queria com antecedência quebrar o climão do qual sabia que se instalaria entre os cinco ainda dentro do carro. Eles tinham muito o que conversar sobre os acontecimentos recentes.

— É verdade, às vezes não podemos ter controle de tudo. — Completou Jonghyun na sequência, enquanto Minho e Onew ainda permaneciam em silêncio, ouvindo o que estava sendo dito.

— Eu vou entrar. — Key pronunciou ao passo em que abria a porta do veículo. Estava cansado, pularia aquilo, deixaria para outro dia. — Vocês mandaram bem, animem-se! — Sorriu sem mostrar os dentes olhando para cada um.

Minho suspirou, ele estava com as mãos apoiadas no volante, tentando ignorar que: sentia-se exausto, ainda pensava no incidente que encarou no começo da noite e, que parecia ter fracassado mais uma vez quando tinham uma boa oportunidade.

— Vão pra casa, devem estar com sono. — Enfim saiu do carro a fim de entrar na própria residência.

— Está bem, tenha uma boa noite. — Se despediu Onew, após pôr a cabeça um pouco para fora da janela do banco do carona, para o amigo ouvi-lo antes de entrar na própria casa.

Minho deu partida no carro, direcionado para onde cada um deles deveriam ficar, ainda na noite que estava fluindo mais exaustiva que divertida, e que estranhamente parecia que a todo momento, aleatoriamente, algo daria errado e teriam que enfrentar.

— Estão chateados? — Questionou o mais velho, quebrando o silêncio que mais uma vez se instalou entre eles. — Apesar de não termos cantado aquelas músicas sem energia e sem vontade, desde que saímos de lá, vocês estão falando absolutamente nada.

— Estamos cansados... Talvez por isso não queiram falar, não é? — Dialogou Jonghyun, enquanto buscava visualizar a feição de um por um no automóvel.

— Não, Jonghyun, mesmo cansados... Nós nutrimos a energia depois do palco, conversamos e vejo vocês sorrindo um para o outro.

— Mas, Onew, hoje não parece ser uma noite pra isso. — Interrompeu Taemin, sendo muito sincero.

— Certo, vou recapitular. — Começou Minho, puxando o ar dos pulmões por dois segundos. — Nós conseguimos chegar lá depois de toda a agonia e estresse que eu passei naquela rua tentando voltar com o carro. E eu posso estar sendo ingrato, mas não sei mais o que dizer além de perguntar a vocês: cantamos para quantas pessoas? — Questionou, falando tudo tão velozmente que todos estavam atentos a cada mera palavra dita por ele. — Quanto conseguimos fazer? Nós nem... Chegamos na hora certa, nem vimos os artistas que queríamos ver hoje. Fora o fato de termos cantado e tocado por um momento, o resto deu errado. Deu tudo errado, praticamente.

— Você está se precipitando. — Onew o parou por alguns segundos. — Eu entendo seu desabafo, nós somente cantamos e tocamos. E não é isso o que quer fazer? Sei que sonhamos com uma noite brilhante onde teremos reconhecimento, mas, por enquanto, Minho, essa é a melhor realidade que podemos ter dando tudo de nós.

— Eu estou sendo verdadeiro, Jinki. Tão honesto agora que me dói por dentro. Escuta, eu sinto que isso caiu em mim como um temporal que me impede de fazer o que eu preciso. Você não sente nada diante dessa situação? — Indagou olhando indignado para o mais velho.

— Key te repreenderia por falar nesse tom com ele. — Taemin comentou sincero e com a voz calma, mas convicto do que dizia.

— Vai ser melhor se conversarmos em outro momento... — Minho quis dar fim a discussão, que viraria uma bola de neve se passasse dos limites. Onew não cederia ao seu momento de estresse, e ele acabaria ficando ainda mais chateado por não entenderem um ao outro. — Chegamos, vocês podem ir pra casa.

O amor está fora de questão?Onde histórias criam vida. Descubra agora