II

866 91 5
                                    

Passará uma semana desde que Harry chegou em hogwarts.

Uma semana

Nos primeiros dias de aula, Harry - com pouco esforço - manteve algum tipo de conversa com seus colegas de casa, e trocou poucas palavras com seu colega de quarto, Draco Malfoy. Draco não era realmente um menino ruim, apenas um pouco egocêntrico, mas nada que Harry não pode ignorar.

Eles tiveram história da mágia como primeira aula, com o fantasma chato como professor, junto com os grifinórios. Harry tinha usado aquela aula lendo o livro de História de Hogwarts, mas podia ver como seus companheiros de casa incomodou os grifinórios e vice-versa, embora ele não pudesse realmente ver quem começou, ele estava lentamente se lembrando que o menino ruivo lhe disse que sonserinos eram inimigos naturais dos grifinórios, embora lhe parecesse um pouco mais ao contrário, mas nem interveio ou disse qualquer coisa enquanto se dirigiam a encantamentos e escutou seus colegas insultando os grifinórios.

Eles também tinham aula de transfiguração, onde a Professora McGonagall só o fazia se sentir um pouco mais tolo do que o resto, já que toda vez que ela passava por ele ela tinha que ajustar a maneira como ele segurava a varinha.

Depois eles foram almoçar - onde ele mal conseguiu comer metade de seu prato antes de se sentir cheio, recebendo um olhar que ele não conseguia identificar de Draco - e então eles foram pra aula de Herbologia, onde a Professora Sprout parecia querer abraçar todos os lufanos e sonserinos, que faziam caras estranhas toda vez que ela mostrava algum tipo de planta excepcionalmente nojenta.

Naquela noite, e como todas as outras naquela semana, Harry estava extremamente cansado: praticando sua escrita com uma pena - que para sua vergonha não havia melhorado nem um pouco, e só conseguiu não manchar tanto seu pergaminho -, os grupos de estudos, tentando fazer seus ensaios parecerem decentes, e mesmo ficando várias horas à noite lendo seus livros e tentando até alcançar o nível de seus pares em magia e em seus costumes, o fez esquecer suas dúvidas sobre sua estadia em Hogwarts, então ele esqueceu totalmente para falar com o diretor de sua casa.

Nesta semana, a primeira vez que o viu por mais de cinco minutos, fora no café da manhã, almoço e jantar, foi na quinta-feira, cuja primeira aula do dia foi Poções.

Harry estava sentado na primeira cadeira da fileira da esquerda, com Malfoy à sua esquerda. Atrás deles estavam os guarda-costas do loiro platinado e havia alguns sonserinos que ele ainda não conseguia lembrar o nome, todos do lado esquerdo, enquanto nas mesas do lado direito estavam os grifinórios. Harry cometeu o erro de cumprimentar Ron Weasley na primeira aula que eles compartilharam, apenas recebendo um surpreendente olhar de ódio e um aceno obsceno em troca. Harry suspirou com essa memória, e simplesmente evitava os grifinórios quanto possível, tentando evitar socos ou brigas. No momento em que todos estavam acomodados na fria sala de Poções, nas masmorras, os sussurros e risos mal disfarçados foram completamente silenciados quando o diretor da sonserina, Professor Snape, entrou na sala, batendo a porta contra a parede. Saltou e fechou com um baque.

Professor Snape fez um movimento rápido enquanto olhava para todas as crianças na sala de aula, sua capa esvoaçando atrás dele de uma forma que Harry pensou, quase o fazendo sorrir, que talvez ele tivesse praticado por um longo tempo em seus aposentos particulares. Ele começou a verificar a presença e, quando chegou ao seu nome, olhou para ele com um sorriso sarcástico no rosto; seus olhos não mostravam nada.

- Harry Potter, nossa "amada" celebridade...

O tom de sua voz fez Harry olhar para a mesa embaraçado, mas felizmente para ele, o Professor Snape continuou chamando as outras crianças. Quando ele verificou que todos estavam presentes, ele começou seu discurso, sem um único ruído no resto da sala- Harry se surpreendeu com o medo e até o respeito que o homem emanava por onde passava.

Ojos {Severitus}-TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora