Os tão admirados olhos azuis se arregalam em surpresa, conseguia ver que o menino visualmente havia se assustado com sua presença.
Mikey sai de seu esconderijo, mas ainda sim mantendo uma distância notável:
— Quem é você? — Pergunta em seu tom mais ameaçador, podia ter se encantado de primeira com a pessoa mas ainda sim, era um desconhecido em seu território.
— Quem é você? — O imita, semicerrando os olhos.
— Eu perguntei primeiro.
— Isso não é um joguinho de criança. Tenho o direito de saber já que você estava me espionando.
Mikey por um momento se sente ofendido:
— Eu não estava te espionando!
— Você estava atrás de uma árvore, escondido, me encarando como um psicopata. Eu acho que isso se enquadra em espionar sim. — Diz em um tom leve, se levantando e colocando seus livros dentro de uma bolsa que estava ao seu lado.
— Onde pensa que vai?
— Eu acho que pra onde eu vou não lhe interessa.
Manjirou ergue as sobrancelhas em surpresa com a facada que tinha levado:
— Um pouco agressivo, não acha? — Zoa, se aproximando.
— Boa noite. — O moreno diz por fim, dando a conversa por encerrada.
Isso, se o Sano não tivesse pegado seu pulso, bem, tentado, já que os reflexos apurados do outro garoto o fazem puxar seu braço antes do contato:
— É um costume nessa cidade sair por aí interrogando e tocando pessoas estranhas ou é só você?
— Quem é você? — Pergunta novamente.
— Eu não falo com desconhecidos. — Volta a andar.
— Você é novo na cidade? — Mikey o segue, sendo prontamente ignorado.
— Ainda continuo não falando com desconhecidos.
— Olha eu sei que você não é humano.
Isso faz o moreno parar de andar de forma bruta, petrificado, fazendo o Sano parar também a poucos passos atrás de si:
— O que você disse? — Pergunta, em um tom baixo, quase assustado.
— Eu sei que voce não é humano.
— Claro que eu sou humano! — Diz rapidamente. — Eu até faço coisas de humanos!
Coisas de humanos. — Mikey pensa. Seres que não viviam frequentemente com os humanos tendiam a sempre ter este roteiro.
— Eu como, durmo, pago contas, faço carismagem — Conta nos dedos, passando o roteiro que havia recebido do irmão para situações como essas.
— Faculdade. — Manjirou o corrige, com um sorriso irônico no rosto.
— Isso! Faculdade! Eu faço faculdade! — Diz animado, por um momento se esquecendo da situação.
— Paga contas também? — Mikey cruza os braços, dando corda no assunto, obviamente sendo algo omitido.
— Sim! Nii-san agora me deixa ir no banco sozinho! — Se empolga, sorrindo de forma animada.
— Uau, como você é independente.
— Huhun. — Murmura orgulhoso.
— Voce não saia muito te casa né.
— Que?
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.Sangue, matilha e magia - Maitake
Fiksi PenggemarManjirou Sano, o Alfa de sua matilha a muito tempo sabia de sua situação. Nesse mundo moderno, seres como eles sempre deveriam ficar juntos. Magos, fadas, fantasmas, sereias, lobisomens e muitos outros além deles. Todos eram bem vindos em sua cidad...