𝗧𝗵𝗲 𝗖𝗵𝗼𝗶𝗰𝗲 || 23 • different

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Narrador

Sina bateu duas vezes ma porta da grande casa da familia Urrea cerca de três da manhã, era praticamente impossível alguém atendê-la.

Mas ela foi atendida.

Ela estava tremendo e com frio no meio daquela tempestade toda.

Noah a puxou para dentro de casa e a deu um abraço apertado, sentindo seu mundo todo ali, seguro entre seus braços.

— Você me deixou tão preocupado. — ele disse antes de enxugar o rosto da alemã.

— Eu fui assaltada. — ela disse em voz baixa. — Levaram meu celular, eu não posso chegar me casa sem meu celular.

— Calma, é só um celular. — ele disse.

Sina se desvencilhou do namorado e dando alguns passos para trás.

— Pra você que tem dinheiro, eu não sou igual você Noah, meus pais não recebem quatro salários mínimos por hora. — ela começou a andar em círculos. — Eu gastei o meu dinheiro com uma boneca de aniversário pra Sofya e o resto estava comigo. A minha mãe vai me matar.

— Calma am... — ele tentou tocar seu rosto.

— Não me manda ficar calma porra. — ela bateu na mão dele. — Eu sou diferente de você.

Noah começou a sentir vontade de chorar ouvindo as palavras que saiam da boca da namorada.

— Você não é diferente de mim. — ele disse tentando acalmá-la

— Sou sim! sou sim! — ela retrucava.

Enquanto ela tentava se afastar, ele a puxava pra perto. O relacionamento deles era assim, desde o começo, desde antes começar.

Não era de propósito, Sina o amava, mas não sabia lidar com os olhares das pessoas sobre eles, não sabia como se portar diante de seus amigos, não sabia o que fazer, não sabia como amá-lo.

Noah a beijou tentando mostrá-la que ele a amava e muito, ela tentou se afastar, mas ele segurou seu rosto entre as mãos. Ela parou de tentar se afastar e correspondeu ao beijo.

Ele realmente a amava, e queria que ela soubesse disso da maneira que ele sabia, mas ela parecia se importar demais com outras coisas.

Com o tempo, o beijo foi se tornando feroz, Noah deitou a namorada no sofá, ficando apoiado em seu antebraço sobre ela.

Ele desceu os beijos para o seu pescoço e ficou ouvindo sua respiração ofegante juntamente de alguns gemidos quando ele tocou a sua calcinha.

— Preste atenção na gente e não no resto por favor, o resto é resto, amor. — ele disse em seu ouvido fazendo ela se arrepiar por completo.

Ele abaixou a sua calcinha preta devagar, jogando-a para longe e se posicionou na frente se sua intimidade dando um beijo na mesma, em seguida outro e mais outro. Sina arqueou as costas reprimindo um gemido.

Sina fechou os olhos e esqueceu totalmente tudo que estava ao seu redor, dinheiro, celular, Linsey, tudo.

— Tá gostando, amor? — ele perguntou penetrando o primeiro dedo nela.

Ela murmurou.

Ele riu e a beijou.

— Eu te amo. — ele disse quando desgrudou seus lábios dos da loira. — Não importa o que aconteça ao nosso redor, isso é só o que importa, eu amo você. — ele disse e ela sorriu como uma criança ao ganhar um biscoito.

— Eu também te amo. — ela o beijou outra vez enquanto abaixava o short do namorado. — Desculpa por me importar demais, com tudo. — ela colocou a mão dentro da cueca do namorado e Noah gemeu.

Era muito mais que só sexo, eles se comunicavam com o corpo também.

Sina acordou pela manhã encarando o namorado ainda apagado da noite anterior, ele aprecia exausto pela forma que ele dormia.

— Bom dia, amor. — ela disse antes de dar um beijinho no canto de sua boca.

— Bom dia. — ele se remexeu na cama emburrado e continuou de olhos fechados.

Ele não era uma pessoa de manhãs.

— Noah, você pode me emprestar uns trocados pra eu pagar a minha passagem? — ela disse vestindo seu sutiã.

Noah num instante se levantou e vestiu sua calça. Sina estranhou o ato.

— Vou levar você, você tem namorado, não precisa andar de ônibus. — ele riu pelo nariz e vestiu a camiseta. — Estou pronto.

Sina mordeu o lábio rindo, ela achava engraçado o fato de alguém estar disposto a fazer coisas por ela sem receber nada mais que amor em troca.

[...]

Alex bebeu o resto do vinho que estava em sua taça tentando pensar em alguma maneira de contar para a filha que ela havia perdido o seu emprego e que elas precisariam contar cada migalha.

Ao ouvir a porta da sala bater, seu coração quase saiu pela boca, ela passou as mãos pelo rosto respirando fundo e limpando as lágrimas.

— Mãe, está chorando? — ela perguntou se sentando na cama.

— Filha, sente aqui. — ela bateu na cama de solteiro ao seu lado.

Depois que o pai de Sina foi preso, Alex ficou sozinha e percebeu que uma cama grande traria mais solidão ainda.

— Você perdeu o emprego não foi? — ela perguntou deixando Alex surpresa. — Eu vi um papel estranho antes de ir para a casa de Josh, com o Noah.

— Mas é só por enquanto certo? já já isso passa, eu prometo. — ela passou as mãos pelo cabelo da filha. — Vamos usar nossas economias apenas com coisas realmente importantes...então filha, infelizmente sem festa daqui duas semanas.

— Tudo bem, eu entendo. — ela abraçou a mãe tentando se mostrar forte.

Sina estava acostumada a viver com pouco, mas não com tão pouco assim, ela sempre teve o dinheiro para comprar o que realmente precisava, saber que agora talvez não o teria seria ainda pior.

— Ontem eu fui assaltada, levaram meu celular. — ela disse.

— Você está bem, isso que importa. — ela beijou sua testa e saiu do quarto.

Sina não tinha vergonha de ser pobre, ela tinha ódio de ser pobre. Deinert se deitou entre os travesseiros da mãe e começou a chorar sentindo o cheiro da mesma.

𝘁𝗵𝗲 𝗰𝗵𝗼𝗶𝗰𝗲 | 𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora