Beatrice
Como aquele homem poderia me chamar daquele jeito na minha própria língua, isso realmente é irritante. E com todas as minhas dúvidas eu realmente me sinto confusa, é como se eu estivesse dormido todos esses anos e só acordasse agora, eu tinha medo de acabar sozinha como meu pai, sozinha sem ninguém e foi o que justamente aconteceu.
Chego na mesa doze com os pratos de comida dos dois homens, sei que pode existir muitas pessoas iguais mas não poderia haver outro homem idêntico ao meu marido, coloco os garfos e o moreno conhecido como senhor imbecil segurou meu pulso me olhando.
-Você é......casada?
-Muita curiosidade pode matar o gato senhor...Berard.
-Claro, você é uma mulher bem das antigas, pelo sotaque e as palavras do dicionário eu gosto disso, peço as minhas humildes desculpas pela minha curiosidade...mas é casada?
-Eu acho que era....por um certo tempo. Ele passageou meu pulso me deixando sem o que dizer, seus olhos escuros ficaram presos em mim.
-Eu tenho que dizer...que o homem que....
-Não se intrometa em assuntos que não são de sua convivência, Marcelous. Aquele sotaque me deu arrepios, eu solto meu pulso e dou um sorriso de lado aos dois e ando saindo.
-Porque fez isso, eu estava a convidando para sair.
-Esqueça-a.
Fecho meus olhos e respiro fundo, vou atendendo por várias outras mesas que tem seus pedidos, fico mais aliviada quando o moreno foi embora, o bar estaria prestes a fechar, ando as mesas vazias e mudo a placa para fechado, tomo um susto quando vejo a mesa doze com um homem nela, o mesmo homem, acho que só posso ser louca mesmo.
-Me desculpe, mas acabo de fechar. Digo gentilmente e ele se virou me olhando, seu olhar em mim me deixa com as bochechas pegarem fogo, eu permaneço em silencio, mas foi uma ostentação quando ele deu um sorriso fechado.
-Mesmas palavras formais, sua formalidade não mudou meu amor. Franzo o cenho confusa e ele me olhou com os olhos normais, mais seus olhos azuis ficaram em meu rosto, ele segura um copo vazio de whisky na mão direita.
-Eu....não estou compreendendo.
-Se você é uma duplicata dela por favor me diga que não me reconhece! Disse extremamente ríspido fazendo meu coração palpitar, ergui meus olhos pelo susto.
-Não grite comigo. Sem querer afino minha voz pelo costume, e ele parece se lembrar disso.
-Você é uma duplicata?
-Não! Eu não sou isso, sou uma mulher como qualquer outra eu nasce assim e você que é a duplicata do meu marido!
Digo triste e respiro fundo com a mão no peito, ele me olhava e eu fico de costas para ele me contendo as lágrimas.
-Se lembra de mim então.
-Sim a uns meses atrás um grupo de exploradores me tiraram debaixo das terras, me colocando aqui em Nova Orleans, tive ajuda de um medico.
-Você estava morta!
-Não! Armaram para mim, eu sou Beatrice Mikaelson de Martel e eu fui vitima de um assassinato pela sua irmã.
-Do que está falando.
-Rebekah acordou Kol naquela noite, você não estava no quarto, e eu fui forçada a tirar minha própria vida, Aurora e sua amiga bruxa me colocaram sobre um feitiço de sono que depois de mil anos eu acordaria...mas isso não importa mais.
Passo por ele que segurou em meu braço, me fazendo encara-lo, seus olhos aos meus e rostos a centímetros, uma respiração da outra quente, fecho meus olhos por um segundo e ele abriu os olhos. Subiu sua mão ao meus cabelos.
-Beatrice.....
-Não culpo você pelo o que ocorreu a mim, mas eu perde tudo, eu não tenho uma família, nem meu pai mais, estou sozinha E num mundo que não estudei para sobreviver. Ele soltou meu braço e deixo lágrimas caírem, ele limpou elas em silencio.
-Você não está sozinha, amor. Engulo em seco olhando minhas mãos, ele percebeu que escondia algo.
-Nossa....filha. Digo e seus olhos tiveram uma surpresa, ele deixou uma lágrima cair.
-Filha?
-Tivemos o acasalamento e aconteceu, dei a luz a uma menina linda, ela é recém nascida, parecida com o pai.
Ele não disse nada, só me abraçou forte, nunca o vê chorar tanto, abraço forte em conforto.
-Eu te amo....foram tantos anos eu querendo poder dizer que eu....amo você.
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A OUTRA PRINCESA DE MARTEL
VampireA Mil anos atrás em 1002, Aurora tinha que se casar com um dos pretendentes mais quando ela ficou com seus casos pelo castelos com, reis, lordes e príncipes, ela descobre que não pode gerar um filho, então ela não poderia se casar e ser rainha. ...