Capítulo 6

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Lucas

O que estava acontecendo que ela não me atendia? Na minha cabeça mil coisas passaram. E se ela tivesse passando mal? Ou sofrido um acidente?

Minha cabeça rodava enquanto eu atendia alguns clientes. Queria deixar tudo ali e ir atrás dela. Só queria entender por que ela não respondia minhas mensagens, não atendia minhas ligações. Ah dona Gabriela eu vou te matar quando te achar.

Liguei para o escritório dela e disseram que
ela estava resolvendo um problema em outro setor. Ou seja, aquela ser humana pequena esteve me ignorando? Pelo menos estava viva.

No final do dia depois do expediente joguei
meu celular no banco do passageiro e dirigi
para o apartamento da dona Gabriela que estava desaparecida. Pra começar o carro dela não estava na garagem, puta que pariu, o que eu tinha feito para ela? Acenei para o porteiro e corri para pegar o elevador até o último andar. No meu chaveiro do carro pegue a chave da porta dela e abri.

O apartamento estava escuro e com um
cheiro muito bom de produto de limpeza,
acendi a luz e olhei todo o local. O chão só
faltava brilhar de limpo. Fechei a porta e
fui até a cozinha. Bebi um copo de água
gelada e peguei o celular para ligar para ela
novamente.

Tinha duas ligações perdidas da Sara, retornei e quase fazendo o impossível ela
atendeu antes do primeiro toque completar.

— Você mudou de ideia? Você viu o bilhete com os números que eu deixei? — ela disparou.

— Do que você está falando? — perguntei confuso.

— Do aborto.

Sentei no sofá, do que essa garota estava falando? Minha cabeça organizou as informações, um bilhete com números relacionados a um aborto?

— Onde você deixou esse bilhete? —
perguntei pausadamente.

— No balcão.

Ah não, qual era a probabilidade de isso
acontecer se não fosse na minha vida? Eu não podia acreditar nisso. Desliguei e joguei o celular contra a parede.

O que minha melhor amiga deveria estar
pensando sobre mim, agora depois de ver
aquele bilhete. Eu precisava falar com ela,
fui até o meu celular no chão, caramba tinha.rachado a tela toda. Tentei ligar e olha só, não estava ligando.

Dei alguns pulos de nervoso e joguei novamente o celular no chão. Por que Sara tinha deixado aquele bilhete, não dava para acreditar, não dava. E onde estava a Gabriela? Como eu iria explica uma coisa para ela sendo que ela não estava lá? Andei de um lado para o outro.

Joguei-me no sofá batendo minhas pernas,
feito criança birrenta. Não podia acreditar nesse mal entendido. Fiquei olhando as horas passar e nada da Gabi aparecer, acho que peguei no sono em meio a minha agonia, só acordei com o telefone fixo tocando.

Dei um pulo do sofá e vi a luz do sol adentrando a sala, caramba, por quanto tempo eu tinha dormido? Ainda besta de sono peguei o telefone.

— Alô? — bocejei, ainda estou cansado e muito preocupado.

— Garoto, ainda bem que te achei, o que
aconteceu com seu celular? Tive que procurar em mil agendas o telefone da casa da Gabriela, e ainda bem que ela tem telefone fixo. — a voz do meu pai soou do outro lado.

Olhei para o apartamento e vi meu celular
quebrado no chão, caminhei pelos cômodos
em busca da minha melhor amiga, mas não
tinha nem a sombra.

— Meu celular quebrou.

— Enfim, estou entrando em um helicóptero daqui cinco minutos para o maior caso da minha vida, eu preciso, ouça bem, necessito que você vá para o escritório nesse exato momento, pegue o processo que está sobre minha mesa e vá para o forum. Tem uma audiência na vara familiar às 11h45. Pelas minhas contas se você sair daí agora consegue ter uns 20 minutos para estudar o caso. — ele falava apressado. — Já avisei o cliente e garanti competência da sua parte. Então, por favor.

Meu melhor erroOnde histórias criam vida. Descubra agora