- 𝑻𝒐𝒎 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆

Capítulo quinze

Depois daquela noite, Amélia desobriu exatamente o motivo de suas questões pendentes, Tom Riddle estava correto, suas cartas estavam sumindo e ela sabia que por algum motivo Orion as estava escondendo, mas a menina não achava que fosse por um motivo de tamanha importância, ela confiava no seu irmão mais velho, ele era sua família, seu sangue, o único homem que ela confiava, que ela entregava sua lealdade, mas agora estava tudo esgotado, ele era um maldito traidor, alguém que ela se sentia com repugnância de compartilhar a mesma descendência, um homem sem índole alguma que só preocupava em ser o herdeiro favorecido de sua casa, será que sua mãe e seu pais iriam conter devidas providências?

Obviamente não, Amélia foi anunciada como noiva de alguém que ela sentia irá, ódio, e seus pais  jamais iriam permitir alguém de sangue sujo manchando a tapeçaria de sua casa, era algo que Amélia sentiria remorso por toda a eternidade, o modo deprezado que ela foi tratada por homens, o modo como eles faziam qualquer coisa por suas próprias necessidades, o jeito egoísta que eles agiam sem se importar qualquer outra coisas além de si mesmos.

A jovem Black sabia que o Lord havia sido honesto em suas palavras, mas a quanto tempo ele já havia ocultado suas verdadeiras intenções ou as mentiras que Orion escondia de sua falsa preocupação com sua irmã mais nova, ela odiava Tom Riddle, ela odiava que ele tivesse sujado sua inocência, ela odiava que ele estivesse forçado a menina a fazer parte de um culto de supremacistas, ela odiava ter torturado o pequeno primeiranista com uma maldição sob os comandos de seu líder, e ela odiava profundamente ser parte disso tudo e ainda assim ter que ser escolhida para ser a noiva do futuro Senhor das Trevas.

Amélia estava sobrecarregada, tantos pensamentos, tantas coisas em sua mente, a pequena Rosier havia oferecido ajuda emocional para a Black, havia conversado e aconselhado a menina mas quando a garota mencionou que não era algo tão ruim ter se tornado a noiva do jovem Riddle, o sangue de Amélia ferveu, como não poderia ser ruim ter sido forçada a virar a noiva de um sociopata?

Mas afinal, oque Riddle queria de Amélia?

O Jovem Tom Riddle nunca conteve uma única presença em sua vida que o garoto contivesse verdadeiros sentimentos bons, como o amor, ele nunca teve uma figura que representasse coisas boas a ele, em seu orfanato a Sra. Cole, apesar de vigiar o garoto constantemente desde a noite que Merope na virada para o ano novo de 1926 faleceu, ela ainda assim não demonstrava qualquer sentimento de importância para o garoto, uma alma vaga, era isso que ela considerava ele, alguém sem importância, desde então Tom nunca conseguiu ter uma figura que ele possuísse afeto, pelo menos até chegar em Hogwarts, em seu primeiro ano ele ainda não havia conhecido a garota, mas foi na festa do Natal na casa de Rosier, quando o jovem órfão havia sido convidado para passar seu feriado na mansão, e lá estava a menina pela primeira vez com seu irmão mais velho que era seu colega já, ela vestia um pequeno vestido de cerúleo e babados, seus olhos brilhantes e um olhar questionador, ela tinha apenas dez anos, e Tom faria doze no final do ano, ele tentou desviar sua atenção da garota mas seus olhos lhe traíram, ele a olhava cada vez mais intensamente, julgando o quanto ela era misteriosa para apenas uma criança, era óbvio que eles não haviam trocado palavras, mas Tom se encantou tanto pela menina que esteve disposto a fazer qualquer coisa para chamar a atenção da garota.

No outro ano, Amélia estava em Hogwarts, em seu primeiro ano, o garoto a observava de longe, como um caçador perseguindo sua presa, ela ia para biblioteca e ele ia junto, sempre sem qualquer conversa compartilhada, eles ainda não haviam conversado una única vez, no seu segundo ano, os sentimentos do garoto ficaram ainda mais alarmados quando lhe viu na cabine do Expresso de Hogwarts com um livro em suas mãos e um olhar ameaçador, seu coração pareceu perder as batidas exatas, e então ele se sentia disposto para ganhar a atenção da menina, mas como Tom Riddle demonstraria seus sentimentos? ele nunca amou algo ou alguém, como ele poderia desmontrar esse seu sentimento então?

E então o sonserino teve a brilhante ideia de atrair a menina, chamar sua atenção, encantar a garota com suas habilidades, mas foi nesse momento que Amélia ganhou traumas com o garoto e seu medo começou a crescer, ele havia torturado um de seus animais de estimação de um Lufano em sua frente, era assim que Tom Riddle planejava encantar a menina?

Obviamente na mente de Tom, essa era uma ideia perfeita, ele queria que ela ficasse encantada com suas capacidades, suas habilidades, mas Amélia fugiu e começou a ficar o mais afastada possível do sonserino, o garoto ficou decepcionado, ele poderia dizer que era uma pequena paixão que aos longos dos anos se desenvolveu em amor ou obsessão, mas nós próximos anos ele cuidou da garota mesmo que fosse de longe, ele afastava todos os meninos que ousariam provocá-la ou qualquer coisa que eles tivessem intenção, ele havia dado livros a ela, mesmo que fosse Orion que lhe entregava dizendo ele mesmo havia comprado para sua irmã, ele havia pedido para a garota Rosier fazer amizade com Amélia porque a achava solitária em muitas ocasiões, em algumas situações quando seu humor era controlado ele deixava que Amélia chegasse perto de suas notas, quase sendo similar seu desempenho, mas Amélia nunca soube nada disso, e Tom, ele não havia recebido amor e então ele não sabia demonstrar, ele não tinha um pequeno exemplo de afeição em sua vida.

Ao longo dos anos, a obsessão que ele ganhou pela menina tomou conta de si, e por um momento ele persuadiu Orion, colocou ideias na cabeça do garoto para expulsá-la de sua linhagem, era uma grande herança mas ele teria de dividir com Amélia, e isso era um problema, Tom havia feito o garoto pensar que isso era um grande problema, e então ele aceitou os pedidos de seu Lord, ele forçou a sua irmã a participar do culto, e ela se fez parte disso tudo como uma intrusa, mas então, Riddle não aguentou vê-la entre seus seguidores fiéis, ele levou a garota para seu dormitório e sujou seus lençóis com o sangue dela mesmo que ela estivesse fazendo tudo aquilo por temer ele, ele desejava contato com ela desde seu primeiro ano em Hogwarts, ele já havia esperado tempo o suficiente.

Ele se viu culpado nos outros dias, e sabia que foi um erro, ele havia agido por suas emoções e ele havia se julgado como irracional, ele não deveria, mas ele sentiu tanta raiva de si que acabou descontando nela mesma, na noite em que a jovem havia sido forçada a conter atos impuros em frente aos seguidores do Lord, desde aí, ele começou a cometer um erro atrás do outro.

A ideia do noivado havia sido excepcional, Tom sabia no fundo que era errado forçá-la a se casar com ele, mas ele queria passar a eternidade com ela, e ela aos poucos acabaria sentindo o mesmo por ele, então não havia problemas nisso, ele pensava, ela se apaixonaria por ele e tudo ficaria bem, ela perdoaria ele, era assim que o amor funcionava, não é? ela teria que perdoar todos os erros dele?

Na terça-feira Riddle puxou Amélia para um dos corredores mau iluminados pelas tochas, ele era vazio, e a sombra da silhueta deles era visível, ela tentou fugir e evitá-lo, mas era quase impossível, ela olhava ao chão com angústia, como se derrepente seus sapatos fossem a coisa mais interessante naquele corredor estreito.

" Espero que esteja aceitando bem nossa união. "

" Vai se foder seu meio sangue. "

" Eu já lhe avisei sobre sua língua imunda. "

" Eu não quero nada com você Riddle, por favor, deixe-me ir. "

" Não, o amor não funciona assim, você vai aprender a ter esse sentimento por mim. "

" Você não aprende a ter, você o conquista. "

" Não torne as coisas complicadas Amélia. "

" Você torna a minha vida miserável e acha que eu complico as coisas? "

" Bem, não estou aqui para discutir sobre isso, tome. "

E então ele lhe entregou uma pequena caixinha de veludo preto, Amélia abriu e ficou perplexa ao fixar seus olhos no pequeno anel de Rubi, Amélia poderia dizer que ele poderia ter furtado, mas havia sido com o financiamento de Rosier a quantia paga pelo anel, uma pequena fortuna, ele não poderia conceder qualquer coisa para a sua grande conquista.