Quarto capítulo: Podemos fazer algo depois

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Como um homem desses me beijou? Me questionei o domingo inteiro vendo suas fotos no perfil dele.

Ele era lindo, rico, inteligente...

Por que?

Independente da resposta eu queria que aquele momento se repetisse de novo...

Mal pude sentir seus lábios, meu cérebro mal processou aquele beijo, mas queria tanto que ele se aproximasse de mim, segurasse meu rosto e me beijasse de novo...

***

Havíamos combinado de nos ver sexta-feira, mas eu estava nervoso pois sentia que talvez eu não voltaria tão cedo como de costume. O porque? Porque íamos sair tarde e o "Podemos fazer algo depois" de Malfoy, dava muito a entender.

"Oi." Cumprimentei sem jeito entrando no carro dele.

Eram nove horas da noite e eu estava saindo escondido de casa, já que minha tia tinha me proibido de sair, mesmo eu implorando para eu ir supostamente ir dormir na casa do Ron.

"Oi. Está bonito." Ele diz com um sorriso de canto de boca.

"Você também." Eu digo o vendo de roupa social toda preta e um trench coat preto também.

De fato eu estava mais arrumado e tudo graças ao sobretudo que ele me enviou quando marcamos de sair. Era um sobretudo cinza escuro, que com minha calça e camisa social, e com meu cabelo ajeitado, me deixava mais social e elegante.

Não seria para tanto, mas queria me sentir bem nesse jantar que iríamos ter. Íamos jantar em um restaurante japonês muito conceituado e chique, e é claro que além disso eu... eu queria me vestir bem para Malfoy.

Conversamos um pouco no carro e quando paramos de nos falar, pouco tempo depois, senti sua mão em meu joelho.

Olhei de relance para o lado e ele permanecia neutro, atento ao trânsito.

Ele poderia achar que eu não gostava de sua mão ali, então eu coloquei a minha sobre ela, a mantendo ali.

Não era nada demais aparentemente, mas pelo menos para mim, foi algo.

O jantar começou comum, mas então os olhares azuis começaram a mudar, de uma calmaria, para um mar com mais ondas.

Os nossos pés se encostando e batendo propositalmente de leve debaixo da mesa não ajudou.

Apesar de nervoso, meus sorrisos para ele também não ajudavam. Eu apenas estava assentindo a qualquer incitação que ele podia estar demonstrando.

Todas as vezes que as nossas mãos se esbarravam fazia com que meu corpo desse atenção àqueles toques rápidos e sem significado. Era como um alerta de "A pele de Malfoy está tocando a sua, olha que delícia."

Risca o "delícia".

Depois dele pegar o carro na frente do restaurante com o motorista do vallet, ele dirigiu até o quarteirão seguinte e se virou para mim, me perguntando: "Está ficando tarde, quer fazer algo ou que eu te deixe em casa?"

"E quem disse que eu moro onde me pega?"

"Lá parece um mau lugar para se andar à noite, mas se preferir te deixo lá ao invés de sua casa."

"Pensei que tivesse algo planejado. Foi isso o que deu a entender pelas mensagens."

"O que estava esperando?"

Okay, eu já estava ficando estressado. Qua é a desse cara? Ele praticamente me chamou pra passar a noite com ele e depois se faz de desentendido?

"Tá bem."

Um Daddy para Harry | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora