VIII. não consigo tirar meus olhos de você

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♥︎
Todoroki

O festival chegou, e estava lindo. Em tão pouco tempo, com um pouco da ajuda de todos, conseguimos arrumar o festival da maneira que fosse boa pra todos.

Mas tem apenas uma coisa que atrapalhou todos os meus planos, que é o horário das apresentações. Em meia hora, a exposição de arte seria aberta ao público e aos universitários. Ao mesmo tempo que os shows estariam começando.

A última parte do festival teria o jogo de futebol do time Arquitetura x Ciências Políticas. Sim, ciências políticas, a minha área da faculdade. Mas como não faço parte do time de futebol, e sim do de arte, não estou incluso. Mas sim torcendo por ciências políticas.

— Todoroki – o instrutor aparece — Seu quadro, onde está? já estão arrumando a ordem lá fora.

— Aqui – eu pego a tela e viro pra ele, que arregala os olhos quando vê.

— Por acaso... você... recuperou sua inspiração e voltou a ser o nosso artista de ouro?

— O que você acha? – sorri, entregando a tela pra ele — Eu ainda preciso agradecer a você principalmente, por de alguma forma ter encontrado o meu mono destinado – explico, me virando pro espelho — Bom, foi ele quem devolveu minha inspiração, assim como a cor do mundo que eu estava perdendo com o tempo.

— É... eu vejo. Bom, de nada? estou feliz por você. E por último, bem vindo de volta ao clube de artes, sentimos sua falta inspiração do Todoroki – ele diz em um tom irônico, me arrancando uma risada abafada — De qualquer forma, seu quadro está lindo e transpirando amor, vai acabar deixando todo mundo apaixonado.

— Era o que eu planejava... eu fiz de forma que uma pessoa monocromática consiga sentir os diferentes tons de preto, branco e cinza, que possa distinguir pelo menos um pouco cada traço – eu olho pra tela nas mãos dele e ele me entrega um pano branco — Mas ainda assim... fico com pena deles por não poderem apreciar da melhor maneira possível as artes de hoje, e sentir toda as cores vivas do mundo ao redor e da arte – eu estico o pano e coloco em cima da tela pra tampar a pintura.

— Um dia eles irão conseguir ver o mundo da forma que é, assim como desejam.

É tudo o que ele diz antes de levar a tela embora. E eu me sentei pra que a maquiadora pudesse fazer o que ela faz de melhor. E então chegou a hora da exposição, e as cortinas abaixaram.

Já haviam várias pessoas reunidas ali para ver as telas, e dessa forma, também puxamos o pano branco de cimas das telas para que todos pudessem ver.

Do outro lado do campus, basicamente era possível escutar o início dos shows. E meio que meu coração apertou por eu não poder estar lá e assistir a apresentação dele.

Mas eu fiquei, e falei bastante sobre a pintura que eu fiz e fui bem elogiado, fazendo os meus quase 30 minutos passarem rápido.

— Todoroki! – a Momo surge entre os outros já vestida com a roupa de líderes de torcida — Todoroooki!

— Que foi? – eu pergunto quando ela me puxa pra um canto — Aconteceu algo?

— Não é que aconteceu algo – ela explica, tentando controlar a respiração agitada de tanto correr — É o que vai acontecer.

Sketchbook ; TododekuOnde histórias criam vida. Descubra agora