Capítulo 13

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Não parece ser um problema que eu vá me livrar logo, mas eu gosto de pensar que logo passa. Vão vir vários atrás de mim e eu mal sei lutar e agora que estou aprendendo atirar. Isso não é o futuro que eu imaginava para mim, nunca foi.

- Garota a cada momento que passa você está mais encrencada - chega um homem dizendo e fica boquiaberto quando vê o homem que estava se passando por médico no chão. Gael chega por trás daquele homem e agarra ele pelo pescoço o encostando na parede com força

- Diga ao seu chefe que eu vou encontrá-lo e vou acabar com ele. Ele não vai conseguir fugir de mim por tanto tempo - concluí Gael. Ele bate a cabeça daquele homem com força na parede o fazendo desmaiar e o joga no chão

- Não vão desistir nunca não, é? - pergunto

- Vão arrumar pessoas até no inferno para vir atrás de você Laura. Leon entra na sala e Gael me puxa para trás dele

- Essa garota é o meu problema mais recente. Menina se entrega logo e pare de complicar as coisas - diz Leon reclamando

- Os guardas estão chegando. Por algum motivo encontrei Ed lá em baixo e ele está bem ferido, mas mesmo que me levem, ela ainda estará em perigo. Alie-se a nós Gael -
concluí Leon e Gael o agarra pelo pescoço e ele não reage

- Gael, eu vou atrás do Ed e encontro vocês no carro - digo e saio da sala. Caminho de pressa pelos corredores do hospital a procura do Ed e encontro ele dentro de uma sala onde se encontrava vários outros corpos. Tento encontrar a pulsação de cada um, mas a maioria já estava sem pulsação, a maioria estavam mortos. Havia só o Ed vivo as outras pessoas estavam mortas, me desespero ao ver o Ed no chão machucado e coberto de sangue

- Ed, você está bem? - eu sei essa é a pergunta mais idiota para se fazer em um momento desses - Vem se apoia em mim - o ajudo a sair do chão e vamos em direção ao carro

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- Ed, você está bem? - eu sei essa é a pergunta mais idiota para se fazer em um momento desses - Vem se apoia em
mim - o ajudo a sair do chão e vamos em direção ao carro. Chegando lá Gael tinha desmaiado o Leon e me ajuda a colocar Ed no carro

- Você está com a roupa cheia de sangue, acho melhor irmos - diz ele abrindo a porta para que eu entrasse - Fica tranquila os culpados ainda estão lá e eles saberão disso os meus homens já estão cuidando da situação - conclui ele. Eu não estou preocupada com os policiais eu estou pensando nas pessoas inocentes que morreram. Eram todas muito jovens e tinham muito ainda para viver e em um péssimo dia acabaram morrendo.

- Como você se tornou... - digo pensativa se eu faria mesmo essa pergunta ou não. Não quero descontar algo em alguém quando eu não estou em paz comigo mesma

- Eu era apenas um jovem, com pavio curto, era tímido, eu queria me soltar eu sonhava com coisas maiores, queria deixar aquela vida para traz, não fazia o que mandavam não era um seguidor e me diziam entra na fila sente-se no corredor e pegue uma senha. Eu estava sempre preso e fugindo das balas e meu pai dizia "Pare de chorar isso é só um sinal dos tempos um dia ainda você assumirá tudo isso".

Eu me curvava para rezar para fazer o pior parecer melhor eu dizia "Senhor me mostre o caminho para passar por todo esse couro desgastado para eu ir embora, eu não aguento mais". Meus pais viviam discutindo e eram misteriosos, mas sempre protegiam os filhos de tudo e do mundo, além de um jovem imaturo eu não sabia de nada e meu pai foi me ensinando e me explicando sobre as coisas.

Um dia meu pai me disse "Não fuja enfrente os seus problemas mais tarde e assuma a máfia".
Minha mãe pegou na minha mão e se despediu de mim, eu só sabia chorar até seu pai entrar e dar um tiro bém na cabeça dela, ela morreu na minha frente e eu jurei vingança, mas eu não sabia o que fazer.

Meu pai lutou com o seu, mas eu não lutei eu corri mais feito um covarde sem ter como defender alguém, eu escondi atrás do meu pai e o abracei e foi o último "Eu te amo" que eu ouvi da boca dele sendo assim o último que eu ouvi na vida também. Azi atirou no peito do meu pau e a bala atravessou acertando em mim, eu não morri por muito pouco.

Ele caiu morto em cima de mim. Não só meu pai e minha mãe morreram naquele maldito dia, minha família inteira estava lá e eu tive sorte de sair com vida de lá. Eu prometi me vingar e anos depois você apareceu e eu mudei o jeito de pensar você estava sempre me enfrentando e pondo um ponto final na frase que eu continuaria, mas ainda eu quero vingança.

Eu tentei encontrar um jeito, mas você nunca foi embora, eu espero que algum dia você consiga sair daqui mesmo se demorar a noite toda ou cem anos preciso de um lugar para te esconder, mas não consigo achar um perto, quero me sentir vivo lá e eu não posso lutar contra o meu medo. Não é adorável? Completamente sozinho coração feito de pedra e a mente feita de vidro. Eu lamento que tenha que passar por tudo isso, mas se eu soltar você, você vai morrer lá fora e não é isso que eu quero para você - confessa ele cabisbaixo, mas não olha para mim enquanto fala nem por um único segundo

- Eu sinto muito - digo. Chegando onde ficaríamos ele desce do carro e leva Leon para dentro. Seu celular toca e atendo

- Laura? - Uma voz conhecida ecoa pela linha telefônica, mas tudo que eu queria agora era descansar e não ter que enfrentar nenhum problema mais por hoje. Eu estou exausta e mesmo estando exausta eu sei que eu tenho que suportar

- Como sabe que foi eu que atendi? - pergunto já sabendo que era o Azi. Esse canalha não descansa e tira a única paz que me resta. Ah, como isso é exaustivo

- Eu estou te observando. Venha até mim e aliviarei a barra para o Gael. Vamos querida não seja ignorante só você pode impedir mais mortes, se agora mais alguém morrer eu quero que saiba que a culpa foi sua é culpa do seu orgulho - Mesmo não gostando do que eu estava ouvindo de alguma forma eu sabia que era o melhor a fazer. Não quero que mais pessoas se machuquem por minha causa e vou fazer o possível para que não aconteça.

Continua...

Chefe da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora