Me senti totalmente aliviada, mas pelo fato do chip existir ainda me apavora. Eu queria destruí-lo, mas isso ainda traria consequências, eu nem consigo medir quais seriam. Se eu conseguisse ser covarde o bastante eu entregaria o chip, assim eu conseguiria sair do país.
1 dia depois...
O sino da porta toca, avisando que havia alguém entrando. Me sento com dificuldade na cama, quando olho já vejo o Ed me procurar, não demora muito até ele me ver sentada aqui.
— Qual a merda do seu problema? — pergunta ele furioso.
— O chip — respondo. No mesmo momento ele revira os olhos.
— Pare de me preocupar — pede ele com uma expressão séria.
— Só não se preocupe — devolvo o pedido.
— Quem mandou você falar assim? Foi o Gael? — pergunto.— Gente morta faz pedidos? — ele questiona com deboche.
— Cadê o Gael? — pergunto. Flower vem em nossa direção e o Ed sai.
— Laura, as coisas nem sempre acontecem como esperamos, né?. Gael saiu e não voltou e também não dá sinal de vida. Ele pode estar morto... — diz ela, mas ainda eu via em sua feição a incerteza se diria ou não. De uma certa maneira aquilo me quebrou, me destruiu, mas ainda eu tinha a esperança de que ele estava vivo. Eu tentava me convencer que ele estava vivo.
— Vamos achar ele, ele não pode estar morto, ele não está, droga — acabo não conseguindo conter minhas lágrimas. Flower me abraça dando alguns tapinhas na minhas costas.
— Sua palestra está marcada para hoje a tarde. Você vai ajudar muito — diz ela. Vamos para casa e o caminho todo eu permaneci em silêncio. Quando chegamos descansei um pouco, depois tomei um banho e me aprontei para a palestra. Começo a chorar novamente e Flower chega no quarto me dando um abraço.
— Laura, aguente firme estamos com você. Está tudo bem — afirma ela
— É isso o que vocês fazem quando as coisas apertam? Vocês fogem, eu sei que cheguei de repente e eu praticamente ou fazia parte disso ou morria, eu já não tinha ninguém do meu lado e ele mudou tudo e agora quem se foi, foi ele — digo com a voz rouca
— Laura, você tá sangrando... — diz ela olhando na minha blusa.
— Eu tirei o chip — digo pegando no bolso do casaco e dando para ela.
— Guarde com você e não conte a mais ninguém sobre a remoção do chip — diz ela. Concordo, logo saio dali e vou trocar de blusa. Saimos de lá e vamos para a palestra estava cheio lá, e tudo que eu tinha que fazer era subir no palco e fingir ser quem eu não sou. Espero que ele esteja por aí bêbado e feliz mais não consigo ném enganar a mim mesma.
Subo no palco todos me olhavam o que me deixava frustrada. Que merda.
— É um prazer o meu nome é Laura e vou fazer uma palestra sobre o amor de acordo com a organização da empresa Keni. Eu espero que gostem. É uma pequena pergunta e me indicaram para que eu pudesse responder. A pergunta é "O amor é mesmo um risco?". Particularmente eu acho o amor além de estranho um pouco cafona, mas as coisas mudam com o tempo. As coisas mudam quando os sentimentos começam a aparecer. O amor é um risco que muitas das vezes não estamos dispostos a correr, mas vale mesmo a pena? É uma decisão pessoal. Não é isso que eu tinha que vir falar, mas eu espero que vocês da empresa Keni se enganem sozinhos, as pessoas estão vivas e não merecem viver no reflexo de vocês. Eu não sei o que é o amor e a pessoa que podia me mostrar o que era isso, ela se foi, assim como todas as outras. Seja como for eu sei que o amor deve acontecer naturalmente. — encerro desligando o microfone.
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Chefe da Máfia
FanfictionLaura é uma garota doce que leva uma vida complicada com seus pais adotivos até conhecer Gael um mafioso que faria de tudo para tê-la ao seu lado, mas não sabia que um dia o amor iria chegar e colocaria tanta coisa em risco.🔞 Menção honrosa (concur...