Capítulo 12.

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FABIAN MARTINEZ

Saio do apartamento de Olívia, bufando de tanta que raiva que sinto de Elena. — Dannazione! — Entro em meu carro e bato a porta com mais força do que habitualmente uso. — Resolverei tudo ainda hoje!

Dirijo em direção ao hotel em que Elena está hospedada. E em alguns minutos já estou em frente ao mesmo, resolvo ligar para ela, procuro seu contato. O telefone chama e dentro de segundos ouço sua voz.

Alô, Fabian? Algum problema? — Seu timbre de voz parece sonolento.

— Olá... — Uso uma voz sexy, para que a mesma não desconfie dos meus reais objetivos. — Espero que não a tenha acordado, sabe... Estou com vontade de relembrar os velhos tempos! — Faço careta ao falar tamanho absurdo. Ouço sua risada e logo depois uma resposta:

— Claro, querido! Suba, pois o estou esperando... — Sua voz sai quase em um miado e me causa apenas repulsa.

Como o planejado, subo para o quarto em que ela se encontra. Toco a campainha e espero, até que segundos depois sou recebido por a mesma, que está vestida apenas com uma lingerie. Mas não paro para reparar nos detalhes e quase que violentamente a pego pelos ombros e a encosto bruscamente contra a parede.

Quando Elena se dá conta da situação, esbugalha os olhos e vejo seus lábios tremerem de tanto medo que está sentindo. Então em um rosnado, digo:

— Você vai me dizer agora mesmo o que andou aprontando no dia em que fomos para a casa do seu pai...

— Não sei do que está falando, poderia ser mais claro? — Se faz de desentendida usando o mesmo cinismo de quando soube que havia me colocado chifre.

— Elena, não piore as coisas para você! Ainda não conversei com seu pai em relação à isso, então é melhor você colaborar comigo. — Dou um sorriso malicioso e cheio de pretensão.

— Me solte primeiro, e aí conto tudo... — Faço o que ela pede e a solto, dando espaço entre nós. — Fiz tudo por você, por nós... Queria afastá-la para podermos ficar juntos! — Quase não acredito no que ouço.

Está completamente maluca!

— Quando você vai entender que não existe "nós"?! — Pergunto quase entre gritos, logo a mesma começa a chorar. Mas jamais acreditaria em suas lagrimas de crocodilo. — Escute bem uma coisa, direi somente uma vez. — Respiro fundo e continuo: — Você nunca vai me separar de Olívia! Nunca!!! Por agora, ela não quer me perdoar pelo o que disse à ela, que tonto fui em cair em seu jogo sujo. Isso tudo é culpa sua!!!

— Por favor, me desculpa! Não queria fazer-lhe mal, fiz pensando em você. A verdade é que ainda o amo muito, Fabian. — Tenta me tocar, mas me esquivo do seu toque.

— Me ama? — Solto uma risada cheia de ironia. — Quem ama não trai e não quer ver a pessoa triste. E você fez exatamente isso! Primeiro você me traiu, só que já faz parte de um passado que fiz questão de enterrar e você foi junto com ele. Portanto não tem mais importância. — Seu choro se torna mais compulsivo. — E em segundo, me separou de Olívia e tudo o que fez foi me deixar triste. Então que amor é esse?

— E-eu, por favor... — Põe a mão no rosto e enxuga suas lágrimas.

— Por favor digo eu, me deixe ser feliz com a pessoa que quero ao meu lado. Olívia me faz sentir coisas que ninguém nunca foi capaz de fazê-lo. Siga sua vida, procure alguém que possa lhe amar e respeite quem está ao seu lado. E sobre falar com seu pai, ainda não desisti. — Olho para o lado e digo: — Já omiti o porquê do fim nosso relacionamento para ele, porque não queria que o mesmo soubesse a filha que tem e o que ela fez com a educação e respeito que ele lhe deu, mas isso que fez não vou deixar passar.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora