Capítulo 25.

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OLÍVIA GRECO

Fabian permanece imóvel e impassível, como se tivesse cometido o pior crime de todos os tempos. Enquanto à mim, apenas enquadrinhei sua expressão e me dispus a ler seus olhos, tentando descobrir o que se passava em sua mente, mas não era possível. Já que os mesmos estavam escuros e não se podia ver muito.

— Fabian? — Tento trazê-lo de volta a Terra, ainda estávamos na mesma posição e ele ainda mantinha-se dentro de mim. — Você... — O mesmo balança a cabeça e se afasta, me deixando pasma com sua ação.

Observo-o se vestir, olhando para o nada como se somente seu corpo estivesse presente e sua mente em outro lugar distante, adotando uma postura quase automática.

Fico inerte e sem nenhuma ação, até abaixar a cabeça e descer da mesa, recuperando minhas peças de roupas e vestindo-as sentindo tamanha tristeza. — Ele acaba de falar que me ama, mas está arrependido por tê-lo dito?

— Olívia... Apenas me deixe sozinho por um momento, eu... — Não espero Fabian terminar de falar e apenas o dou as costas, saindo de sua sala.

Sento-me atrás da minha mesa e tento concentrar-me nos afazeres do dia.

[...]

Minha vista vai para o relógio um pouco acima da porta do elevador, que marcava seis e trinta e sete da noite, é quase hora de ir embora e como já não tinha nada a fazer, apenas decido que é o momento de ir para casa.

Fabian passara o dia trancando em sua sala e tudo o que trocamos foram apenas e-mails totalmente formais e profissionais, como fui recentemente readmitida como sua secretária, tinha que avisá-lo que estava indo embora.

Com receio, levanto-me e caminho até seu escritório, deixo três batidas na porta e ouço-o autorizar minha entrada, ponho apenas a metade do corpo para dentro do recinto, o mesmo põe sua vista em mim e abugalha levemente seus olhos. Sem saber como chamá-lo, apenas me abstenho de me dirigir de forma direta à sua pessoa.

— É, estou indo para casa. Precisa de mim para algo mais?

— Não. — Assinto e na hora que vou me afastando para sair, ouço: — Vou pedir para Giacomo levá-la para casa. — Pega seu telefone, mas antes que levasse até o ouvido, o impeço.

— Não se preocupe, ainda são seis e pouco. Além disso, irei de táxi. — Fecho a porta sem acrescentar mais nada e passo por minha mesa, pegando minha bolsa e me encaminhando para o elevador. Suspiro.

As portas de metal finalmente se abrem e no momento em que vou entrando, sinto um aperto em volta de meu pulso. Volto-me para trás, encontrando um Fabian com a respiração ofegante e parecendo querer dizer alguma coisa.

— Sim? — Questiono, levantando a sobrancelha. Sou pega de surpresa quando o mesmo põe seu rosto próximo ao meu em alguns poucos centímetros.

— Não vou deixá-la ir sem antes saber que não me arrependo do que disse. Só me surpreendi por tê-lo dito em voz alta, quando há poucas horas atrás disse que não estava preparado para dizer-lhe. — Gentilmente solto-me de seu aperto, mas continuamos com nossa proximidade.

— Não quero que se sinta forçado a dizer que me ama, Fabian. O sentimento é recíproco. — As portas finalmente se abrem e adentro o elevador, dando uma última olhada para ele. — Eu te amo. — Digo de uma forma dramática, antes que o mesmo pudesse responder, as portas se fecham. Uma cena verdadeiramente digna de filme.

Mas é a mais pura realidade!

FABIAN MARTINEZ

Não há palavras que possam explicar como estou surpreso com a declaração de Olívia. — Claro que, já sabia que este tipo de sentimento poderia haver entre nós, mas desde o começo de tudo, nunca nos dispusemos a falar sobre. — Um sorriso brota em meus lábios e com ele me viro para voltar para minha sala, a porta do escritório de Ruggero se abre e o mesmo sai de lá.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora