𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 4

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ʀᴇᴠɪsᴀᴅᴏ

𝐎𝐥𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐆𝐫𝐞𝐜𝐨

Saímos de nosso torpor ao ouvirmos as buzinas dos carros que estavam logo atrás, nos recompomos e seguimos pelo tráfego.

--- Conversaremos melhor sobre isso, quando chegarmos. Há muitas coisas que quero dizer-lhe. --- Diz ele.

--- Por exemplo? --- Pergunto, mas ele se mantém em silêncio, o que me faz resmungar. Nervosa para saber sobre o que este homem quer conversar.

[...]

Sento-me no sofá, retirando os saltos que estavam acabando com meus pés.

--- Ai, meus pobres pés... --- Solto um gemido de dor e alívio por remover os saltos.

Observo Fabian retirar seu terno e colocá-lo no sofá, logo depois senta-se ao meu lado. Sem saída, mantive uma postura rígida, esperando ansiosamente pelo o que ele faria nos próximos minutos.

--- Sei que estava me espionando enquanto estava com Elena no escritório. --- Diz e me faz engolir seco.

--- Bem, você estava demorando para voltar e então saí para procurá-lo. Se soubesse que estava com ela, jamais teria ido até lá. Sério, a última coisa que quero é ficar entre vocês dois. --- Digo e respiro fundo, por falar tantas as coisas em um mesmo minuto. --- Como você disse anteriormente: não tenho nada a ver com isso. Porém, você parece gostar muito dela e não sei o que pode ter acontecido entre vocês (e prefiro não saber), mas dê uma chance. Melhor do que ficar sofrendo por querê-la tanto.

--- Você fala muito. --- Levanta-se, andando de um lado para o outro. --- Não quero mais uma chance com ela, pois foi alguém que me destruiu e não estou a fim de passar pelo mesmo novamente.

--- É, tem razão. Nunca senti tal sensação, mas posso imaginar a dor que sentiu pelo que ela lhe fez. --- Fabian assente. --- Seja lá o que tenha lhe feito. --- Sussurro para mim mesma e levanto. --- Bem, nos vemos amanhã. Vou dormir, temos muito trabalho. --- Ele se aproxima e nervosa, desequilibro-me, Fabian tenta me segurar, mas nós caímos juntos no sofá.

Ele olha no fundo dos meus olhos, enquanto observo seus lábios entreabertos, que logo vão formando um sorrisinho e vêm se aproximando dos meus. --- Acorda idiota, olha o que vai fazer! --- Meu cérebro me faz voltar a realidade e antes que ele pudesse me beijar, me afasto bruscamente dele.

--- Boa noite, Sr. Martinez. --- Digo em um tom exasperado, enquanto subo as escadas sem esperar por sua resposta.

Chegando ao quarto, abro a porta e a fecho no mesmo instante, colando minhas costas na mesma, tentando controlar inutilmente as batidas do meu pobre coração.

NO DIA SEGUINTE.

Depois do episódio de ontem à noite, Fabian e eu não havíamos se quer trocado uma palavra sobre o assunto, ou qualquer outro. E o clima está estranho. --- “Estranho” é apelido. --- Desperto de meus pensamentos com o telefone em minha mesa, que toca feito louco.

--- Sim? --- Falo.

--- Venha até minha sala, AGORA!!! --- Desliga em minha cara. Suspiro pesadamente.

Estava demorando. --- Levanto-me e caminho até a porta de seu escritório, onde dou três batidas acompanhadas por um “entre”, vindo do lado interno do covil de Fabian.

Ao entrar, o encontro admirando a floresta de concreto formada pelos prédios espalhados pela cidade. Lentamente me aproximo.

--- Do que precisa Sr. Martinez? --- Pergunto-o e ele pigarreia palavras inaudíveis.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora