Eu fui claro?

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Vamos lá, me deixe saber o que você achou ❤️

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Magnus

Magnus esfregou a tornozeleira algemada no seu tornozelo direito.

Por baixo, a pele parecia em carne viva e irritada, mas ele se consolou imaginando a expressão no rosto de seu pai se pudesse vê-lo tomando sol na piscina, uma garrafa do melhor Whiskey ao lado dele.

Ele nem estava bebendo, apenas a abriu para o caso do seu querido e velho pai aparecer sem avisar.

Não que seu pai tivesse feito isso, ou fosse fazer.

Ele colocava seus esforços nas coisas com que se importava, e Magnus não era uma coisa com a qual Asmodeus Bane se importava desde os seus seis anos, se é que alguma vez se importou.

A pressão aumentou atrás das costelas de Magnus, mas ele a empurrou para trás, mordendo o interior de sua bochecha até que o gosto de metal encheu sua boca.

Ele caiu de volta na poltrona verde de pelúcia, lançando um último olhar para sua tornozeleira emitida pelo governo antes de fechar os olhos, deixando o calor do sol e a dor em sua bochecha latejante afastar a sensação de mal-estar que ele não queria reconhecer.

Ele não via seu pai há meses, desde que o juiz deu a Magnus um sermão sobre responsabilidade e, em seguida, o condenou a seis meses de prisão domiciliar.

Ele não tinha nenhuma razão para pensar que seu pai iria aparecer em sua porta, embora Magnus tivesse espantado outro cão de guarda.

Sem abrir os olhos, Magnus pegou a garrafa de Whiskey e cheirou, antes de tomar um gole hesitante e estremecer.

Tinha gosto de ameixa e sujeira e o lembrava de aparas de madeira. Ele tomou outro gole generoso.

Talvez, se ficasse bêbado o suficiente, pudesse fingir que o ruído do aspirador de pó de Jocelyn era a praia e a música latina otimista que saía de seus alto-falantes era uma banda ao vivo em um pequeno bar em uma ilha.

Hoje não era o dia da limpeza de Jocelyn.

Ela só estava marcada para as quartas-feiras, mas desde sua prisão domiciliar, ela estava lá todos os dias fingindo limpar.

Ele gostava da companhia, embora suspeitasse que sua mãe mandava Jocelyn lá na esperança de que ela revelasse os segredos de Magnus.

Ele não poderia culpar Jocelyn por fingir. Sua mãe pagava generosamente a seus espiões. Mas Jocelyn era uma das duas pessoas no mundo que eram mais leais a Magnus.

Apesar do barulho, Magnus não teve problemas para ouvir o toque desagradável da campainha. Ele ficou onde estava, mas forçou seus olhos a se abrirem.

— Jocelyn! Campainha! — A governanta desviou o olhar em sua direção, em seguida, deliberadamente virou as costas para ele, balançando seus amplos quadris ao som da música. — Isso vai se refletir no seu bônus de Natal, senhora. — ele prometeu enquanto passava por ela.

Sim, Daddy (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora