Alguém que lidava com suas merdas

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Vamos ao capítulo de hoje. 🖤Se você está gostando, deixe seu comentário. Sempre me incentiva a continuar escrevendo essas histórias meio loucas kkkk

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Magnus

Magnus estava deitado de cabeça para baixo em sua cama, os pés apoiados na parede, observando a luz vermelha brilhante de seu monitor de tornozelo piscar, do jeito que ele tinha feito mil vezes nos últimos cento e oitenta dias. 

Em apenas seis horas, ele estaria livre desta prisão. O pensamento deveria tê-lo agradado, mas causou um buraco em seu estômago, aumentando a cada minuto que passava. 

Em algum lugar na cozinha, Alexander estava ligando o liquidificador fazendo um de seus nojentos smooties verdes, enquanto Jocelyn fingia aspirar pela quarta vez naquela semana e a música tocava nos alto-falantes embutidos da casa. 

Magnus estava sobrecarregado. Havia uma pressão crescendo dentro dele, ameaçando rasgá-lo ao meio. 

Ele passou tanto tempo preso neste apartamento que não tinha certeza se conseguiria lidar com o mundo exterior. Se socialização fosse um de seus pontos fortes, ele não teria acabado em prisão domiciliar.

Ele não sabia como ser uma pessoa funcional. Ele simplesmente não era bom nisso. 

Ele tinha passado vinte e dois anos vivendo uma vida onde alguém – seu pai – tomava todas as decisões por ele, onde sempre havia alguém para fazer tudo por ele. 

Ele nunca teve que se preocupar em pagar uma conta ou trocar um pneu, ou até mesmo lavar sua própria roupa. 

Uma vez que os policiais removessem seu monitor de tornozelo, nada disso mudaria. 

Jocelyn continuaria fazendo as tarefas, o empresário de seu pai continuaria pagando suas contas, e seu pai continuaria dizendo a ele o que ele faria da vida. 

Assim como antes.

O pensamento deixou Magnus em espiral. Todos os dias iguais. Nada mudando. 

Magnus nunca se permitiu ser uma pessoa completa, nunca permitiu ser ele mesmo, quem quer que ele fosse.

Suas unhas cavaram meias-luas em suas palmas, a dor convertendo seu pânico em endorfinas, dando-lhe apenas alguns segundos de paz. 

Ele precisava parar de sentir pena de si mesmo. As pessoas matariam para ter a vida dele. 

Ninguém se importava com o pobre menino rico e seus problemas de menino rico. Nem mesmo os pais do menino rico.

Ele se virou para uma posição sentada, seu olhar atraído para sua maquiagem. Ele não brincava com sua maquiagem há dias, não desde a vinda de Catarina. 

Ele olhou para a porta. Não era como se Alexander fosse invadir. Ele estava fazendo o seu melhor para fingir que Magnus não existia desde que ele saiu enquanto ele estava no chuveiro ontem. 

Sim, Daddy (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora